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Conheça Alexandre Cordeiro, cotado como opção a Mendonça

Presidente do Cade teria a preferência do Centrão para ocupar o lugar do ex-ministro Marco Aurélio no STF

Paulo Moura - 26/10/2021 12h20 | atualizado em 26/10/2021 12h37

Alexandre Cordeiro é um dos nomes cotados ao STF Foto: Agência Senado/Edilson Rodrigues

Com a demora para a realização da sabatina do ex-advogado-geral da União, André Mendonça, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nomes de possíveis alternativas à atual indicação do presidente Jair Bolsonaro ao STF começam a ser ventilados. O principal deles é o do presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro.

Publicamente, Cordeiro já negou que seja postulante ao cargo, mas se disse “lisonjeado” por ser cotado. O presidente do Cade afirmou, em uma nota publicada recentemente, que o ex-ministro André Mendonça “preenche os requisitos para a vaga” e que, por isso, torce para que ele seja escolhido.

Por não ser um nome “terrivelmente evangélico” prometido por Bolsonaro para a Suprema Corte, uma possível indicação de Cordeiro ainda parece muito distante. Entretanto, Alexandre já disse, em uma live do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, que tem origens evangélicas e que é presbiteriano.

– Tenho um carinho muito grande pelo Mackenzie. Sou presbiteriano, nascido na Igreja Presbiteriana. Minha família inteira é presbiteriana. Tenho um carinho especial pela instituição e tenho muitos amigos que participaram da história da instituição – declarou.

O nome de Cordeiro, no entanto, tem uma simpatia maior não da ala evangélica do Congresso, mas da bancada emedebista. Em 2017, por exemplo, o então presidente Michel Temer (MDB) trocou a indicação de Amanda Athayde para o cargo de superintendente-geral do Cade pelo nome de Alexandre Cordeiro. Posteriormente, a indicação foi aprovada por maioria pelo Senado.

Em junho de 2021, Alexandre Cordeiro foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro à presidência do Cade e teve sua aprovação pelo Senado por 39 votos favoráveis, oito votos contrários e uma abstenção. O mandato para o cargo é de quatro anos e se encerra em 2025. O Cade é responsável por analisar e julgar atos de empresas que possam trazer risco à concorrência.

PERFIL
Alexandre Cordeiro é graduado em Economia e Direito, mestre em Constituição e Sociedade e cursa doutorado em Direito. Além do Cade, ele já trabalhou no Superior Tribunal de Justiça (STJ), na Controladoria-Geral da União (CGU), na Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Porto Alegre, no Ministério das Cidades e no Senado Federal.

O atual presidente do Cade também é professor de Direito Econômico e de Análise Econômica do Direito da Escola de Direito de Brasília/IDP. Ele atua ainda como professor convidado dos cursos de pós-graduação da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), do Ibmec e da Faculdade de Direito de Vitória (FDV).

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