Paulo Moura - 31/10/2022 15h46 | atualizado em 31/10/2022 16h25

Com a eleição finalizada e o ex-presidente Lula (PT) escolhido para um terceiro mandato no Palácio do Planalto, o noticiário agora se volta para os nomes que devem formar a cúpula do governo federal a partir de 2023. Se na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) as escolhas foram essencialmente técnicas, as opções do petista devem ficar mais centradas no campo político.

Durante a campanha eleitoral, orbitaram ao redor de Lula desde aliados antigos do petista, como a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro Aloizio Mercadante, até novos “companheiros”, como o vice Geraldo Alckmin (PSB), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o deputado federal André Janones (Avante-MG).

Aliado a isso, está o fato de que a coligação do petista foi bastante inchada e teve a maior quantidade de partidos de todas as seis eleições que ele disputou: PT, PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante e Agir. Por isso, acomodar todas as siglas na composição do governo não deve ser tarefa fácil.

De acordo com o portal UOL, Lula também terá que equilibrar candidatos derrotados, como o ex-governador Márcio França (PSB), que concorreu ao Senado; o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), derrotado na disputa pelo governo de São Paulo; além de nomes que abriram mão da reeleição em prol da campanha nacional, como o deputado federal Márcio Macêdo (PT-SE).

Inicialmente, Mercadante e Hoffmann são dois nomes já sugeridos para a Casa Civil. Há ainda outros políticos que devem ser indicados para o governo — mas ainda não se sabe para qual pasta. Entre eles, estão o ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), e Renan Filho (MDB), ex-governador de Alagoas e senador eleito.

O ex-ministro Celso Amorim é considerado para representar novamente o governo Lula nas relações internacionais, enquanto a economia está em uma disputa entre dois nomes: o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (União Brasil) e o economista Armínio Fraga.

Outras figuras que surgem como possíveis nomes para compor o novo governo são o da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), do deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) e da deputada federal Marina Silva (Rede-SP). O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi é cotado para voltar à pasta.

De acordo com o site O Antagonista, no entanto, a lista final será consolidada por José Dirceu, que já coordena informalmente o gabinete de transição.

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