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“Como chefe de estado, devo levar tranquilidade a todos”

Presidente afirmou que a situação do coronavírus é grave, mas que não podemos entrar "no campo da histeria"

Henrique Gimenes - 18/03/2020 17h27 | atualizado em 18/03/2020 17h33

Presidente Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva para tratar do coronavírus Foto: Carolina Antunes/PR

Durante a entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (18) para falar das ações do governo sobre a crise do coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro falou aos presentes de seu papel como chefe de estado.

Ao ser questionado sobre o número de mortes no mundo em razão da doença e se havia minimizado a crise, o presidente afirmou que a situação é preocupante, mas voltou a falar que o país não pode entrar em histeria.

– Esse sentimento de histeria passou a acontecer depois do dia 15 de março. Minha obrigação como chefe de estado é antecipar problemas e levar a verdade à população brasileira. Mas essa verdade não pode ultrapassar o limite do pânico (… ) Como disse o ministro da Saúde, nós passaremos por isso. Já tivemos problemas mais graves no passado que não tiveram essa repercussão por parte da mídia brasileira. O momento agora é de união de todos, reflexão e buscar soluções – apontou.

De acordo com Bolsonaro, seu papel como chefe de Estado é deixar a população calma enquanto prepara o Brasil para os momentos de dificuldade.

– A verdade esta aí. É uma questão grave, mas não podemos entrar no campo da histeria. Esse sempre foi meu pensamento e meu papel como chefe de estado. Levar paz e tranquilidade a todos sem deixar de se preocupar com as consequências do que estava se aproximando. Tudo que fiz foi levar tranquilidade ao povo brasileiro enquanto nos preparávamos para o que viria acontecer. É grave, é preocupante, mas não chega ao campo da histeria ou de uma comoção nacional. E é dessa forma que vamos encarar a questão – explicou.

O presidente também comentou o episódio ocorrido no domingo (15), quando foi cumprimentar apoiadores em Brasília.

– Quando fui domingo me encontrar com manifestantes, não estava infectado. Pelo contrário, já tinha um parecer dando resultado negativo (…) Eu vejo muitas vezes jornalistas na frente de batalha. Se arriscaram, mas é o papel de vocês. Eu, como chefe do Executivo, líder maior da nação brasileira, devo estar na frente junto com meu povo. Não se surpreenda se, nos próximos dias, você me vir entrando no metrô lotado em São Paulo, em uma barcaça no Rio de Janeiro ou em um ônibus lotado em Belo Horizonte. Isso, longe de demagogia ou populismo, é uma demonstração de que estou ao lado do povo, na alegria ou na tristeza (…) É o exemplo que sempre dei na minha vida enquanto soldado do Exército Brasileiro – destacou.

Ele ainda negou que tenha se posicionado contra o Congresso ou contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

– É um risco que um chefe de estado deve correr, assim como vocês [jornalistas] correrem quando estão na linha de frente uma guerra real fazendo sua cobertura. E ao contrário do que a grande mídia divulgou, em nenhum momento eu usei da palavra para falar contra o Congresso Nacional ou contra o Supremo Tribunal Federal (STF) (…)

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