Henrique Gimenes - 19/02/2019 14h40 | atualizado em 19/02/2019 19h55

Nesta terça-feira (19), a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado aprovou a convocação do ex-ministro Gustavo Bebianno para depor sobre o uso de candidaturas “laranjas” durante as eleições do ano passado. Ele foi exonerado da Secretaria-Geral da Presidência nesta terça.

O convite para que Bebianno vá depor sobre o episódio foi aprovado por seis votos a cinco. Ele, no entanto, não é obrigado a ir porque não é mais ministro. O autor do requerimento foi o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que disse ser necessário esclarecer os fatos.

– São necessários esclarecimentos dos fatos, que levaram inclusive a sua demissão – explicou.

Para o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), como Gustavo Bebianno agora não faz mais parte do Executivo, chamá-lo para depor não é mais “pertinente”.

– Se tivéssemos instalado uma Comissão Parlamentar de Inquérito, seria uma outra situação. Em uma comissão temática, com essa abrangência, não é pertinente – ressaltou.

Bebianno foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro após se tornar o ponto central de uma crise no governo. Matéria do jornal Folha de S.Paulo apontou que o ex-ministro esteve envolvido no uso de candidatas “laranjas” pelo PSL nas eleições de 2018. Após a publicação, ele disse que chegou a conversar três vezes com Jair Bolsonaro sobre a denúncia, o que foi negado pelo filho do presidente, Carlos Bolsonaro.

Na sexta-feira (15), o presidente decidiu exonerar Bebianno. Antes da decisão, Bolsonaro se reuniu com ele e, de acordo com o jornal O Globo, chegou a oferecer uma diretoria em Itaipu, mas o agora ex-ministro recusou.

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