Pierre Borges - 27/12/2021 11h58 | atualizado em 27/12/2021 12h07

Os servidores da Receita Federal iniciaram nesta segunda-feira (27) uma greve contra o corte de verbas destinados à instituição, aprovado pelo Congresso nacional para 2022. A decisão foi tomada após reunião do Sindicato Nacional dos Auditores (Sindifisco), realizada na última quinta-feira (23).

A medida tem como objetivo pressionar o governo federal a regulamentar o pagamento de um “bônus de eficiência” à categoria, após o Congresso não reservar recursos para a gratificação em 2022. Em vez disso, o presidente Jair Bolsonaro priorizou destinar R$ 1,7 bilhão para aumento salarial apenas de policiais federais.

De acordo com a CNN Brasil, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o secretário da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, deverão negociar ainda nesta segunda uma solução para o impasse.

O Sindifisco informou que mais de 97% dos servidores apoiaram a paralisação durante a assembleia geral realizada com quase 4,3 mil participantes. Na última quarta-feira (22), mais de 300 auditores da Receita entregaram seus cargos como forma de protesto. O sindicato disse ainda que mais de 700 postos de chefia foram entregues na instituição desde que o Congresso aprovou os cortes.

De acordo com dados do Painel Estatístico de Pessoal, o salário de um auditor fiscal na Receita pode chegar a R$ 30.303,62. Porém, uma greve da categoria incide diretamente na arrecadação de impostos pelo governo. Bolsonaro considera destinar aos servidores da Receita parte dos recursos reservados no Orçamento para o funcionalismo que ainda não têm destinação certa.

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