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Comandante faz determinações para uso das redes por militares

Exército tem encontrado dificuldade para fiscalizar e punir oficiais

Priscilla Brito - 14/03/2023 13h46 | atualizado em 14/03/2023 17h31

General Tomás Paiva
General Tomás Paiva Foto: Carolina Antunes/PR

Com o objetivo de evitar que possíveis manifestações de soldados e sargentos das Forças Armadas sejam interpretadas como posição oficial do Exército, o comandante da instituição, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), general Tomás Paiva, enfatizou, durante uma teleconferência para mais de 10 mil oficiais, que todos os militares das Forças Armadas não podem ter identificação de seus cargos e patentes em perfis de redes sociais.

A reunião aconteceu no início de março e durou mais de uma hora. Conforme determinação de 2021, anexada na portaria do Exército, o comandante ressaltou que não há proibição para militares manterem seus perfis particulares.

Na ocasião, de acordo com três oficiais que conversaram com a Folha de S.Paulo, o general Paiva reforçou que as redes sociais devem ser utilizadas pelos militares com atenção, em razão da quantidade de notícias falsas.

Além disso, o comandante solicitou que seus oficiais tenham cuidado para não entrar em discussões virtuais consideradas desnecessárias.

O general analisou que o Exército tem grande influência na opinião pública e que, para manter a imagem da corporação, a conduta de cada militar é importante. Apesar das orientações, a Força tem encontrado dificuldade para fiscalizar e punir oficiais.

Vale lembrar que nenhum general do Alto Comando do Exército, na atual organização, possui uma conta pessoal no Twitter.

RELEMBRE
Em janeiro, durante uma reunião, gravada de forma escondida, o general Paiva se queixou de memes e publicações em tom de ironia feitas sobre os militares durante o governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL). Irritado, o comandante criticou charges que foram postadas após o desfile de blindados que a Marinha realizou na Esplanada dos Ministérios, no dia da votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso na Câmara, em 2021.

– A gente fica p*** quando vê um negócio desses, fica chateado, ninguém gosta – afirmou na ocasião.

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