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Chanceler e Eduardo detonam o “Brasil ser uma câmara de gás”

Declaração consta uma carta aberta divulgada por religiosos e intelectuais

Henrique Gimenes - 07/03/2021 16h40

 

Deputado Eduardo Bolsonaro e chanceler Ernesto Araújo Foto: EFE/SHAWN THEW

Neste domingo (7), o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) criticaram declarações feitas por religiosos e intelectuais de que o Brasil é “é uma câmara de gás a céu aberto”. A declaração consta em um “Carta aberta à Humanidade” divulgada pelo grupo neste sábado (6).

Após visitar uma chancelaria israelense, em Jerusalém, o chanceler brasileiro falou sobre a declaração e disse não ser possível comparar o ocorrido no Brasil durante a pandemia de Covid-19 com o Holocausto.

– Isso é algo que totalmente extrapola qualquer comparação que possa ser feita. É algo que, no meu entender, violenta a memória das vítimas do Holocausto – apontou.

Ernesto Araújo também chamou o trecho ofensivo para a “comunidade judaica de todo o mundo e também para não judeus”.

– É uma colocação totalmente absurda e acho que é ofensiva para a comunidade judaica de todo o mundo e também para não judeus que, como nós, vemos a especificidade da coisa horrível que foi o Holocausto. Qualquer comparação que banalize, ainda mais uma comparação tão absurda quanto essa, é algo que não ajuda ninguém e que prejudica a ideia do que nunca mais possa haver nada como o Holocausto – destacou.

Já Eduardo Bolsonaro chamou o trecho de uma “infelicidade da CNBB” e disse que a declaração “é incabível e causa revolta”.

– Foi uma infelicidade da CNBB que não dá para dizer que foi tão inocente assim. Não é a primeira vez que o padre Júlio Lancellotti faz ataques direcionados contra o presidente Jair Bolsonaro, mas esse ficou bem vil, justamente que existe uma comitiva brasileira aqui em Israel, buscando levar para o Brasil medicamentos para combater a Covid (…) Esse tipo de declaração realmente é incabível e causa revolta aqui. Comparar o que foi o Holocausto com mais de 6 milhões de vidas perdidas durante o regime nazista nada tem a ver com atual pandemia – destacou.

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