Chamado de ‘nazista’, Kataguiri processa Jean Wyllys e mais 16
Deputado tomou a iniciativa por considerar que foi imputado falsamente a ele o crime de apologia ao nazismo
Henrique Gimenes - 14/02/2022 21h42 | atualizado em 15/02/2022 10h22

O deputado federal Kim Kataguiri decidiu processar 17 pessoas e mais quatro veículos de imprensa por lhe ter sido “imputado falsamente” o crime de apologia ao nazismo. A informação foi dada pela coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com o veículo, entre os alvos estão o ex-deputado Jean Wyllys, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), a filósofa Márcia Tiburi e o historiador Jones Manoel. Além disso, o parlamentar também pretende pedir direito de resposta e indenização à Band News, ao The Intercept Brasil, ao Nexo Jornal e ao Blog da Cidadania.
A polêmica teve início após participação de Kataguiri no Flow Podcast de segunda-feira (7). Na ocasião, ele disse considerar um erro a criminalização do nazismo na Alemanha. Para o deputado, a ideologia deveria ser “rechaçada pela sociedade”. Depois da declaração, ele pediu desculpas.
Em nota, o advogado Rubinho Nunes, representante de Kataguiri, afirmou que é “justo e necessário que a tentativa organizada de assassinar a reputação do deputado, por parte dos agentes citados abaixo, leve à condenação e, por consequência, indenização como resultado de seus atos”.
Além disso, o defensor disse ser importante “ressaltar que o nazismo jamais deve ser relativizado. Trata-se de um dos mais horrendos crimes cometidos na história da humanidade. Utilizá-lo como arma política para destruição de reputação de adversários políticos é um tremendo desrespeito não apenas com os sobreviventes do Holocausto, mas também com a comunidade judaica como um todo”.
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