Leia também:
X Maior parte da verba enviada a estados não chegou aos hospitais

CGU detalha despesas de R$ 2,3 milhões em ‘férias’ de Bolsonaro

Em audiência na Câmara, o ministro Wagner Rosário explicou que presidente trabalhou durante viagem de fim de ano

Pleno.News - 20/04/2021 14h40 | atualizado em 20/04/2021 16h07

Bolsonaro sério irritado
Presidente Jair Bolsonaro Foto: Flickr/Palácio do Planalto

Nesta terça-feira (20), o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, falou sobre gastos do presidente Jair Bolsonaro que chegaram ao total de R$ 2,3 milhões durante uma viagem feita no final do ano passado. Em sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, ele informou que Bolsonaro passou o período trabalhando normalmente.

O presidente fez a viagem entre os dias 18 de dezembro e 5 de janeiro. Na ocasião, Bolsonaro esteve em São Paulo e Santa Catarina.

Ao falar do período, Wagner Rosário afirmou que o presidente não estava de férias e que trabalhou normalmente durante todo o período.

– O presidente da República despachou diariamente com todos seus ministros e assessores. Também, só nesse período, assinou um decreto, sete medidas provisórias e sancionou seis projetos de lei. Então, só por aí a gente entende que o presidente da República não estava de férias; ele estava a trabalho no local fora do local costumeiro, onde ele realiza as suas atividade – apontou.

O ministro da CGU também explicou parte dos gastos ocorreu devido à pandemia de Covid-19, que exigiu que os seguranças de Bolsonaro tivessem que ficar hospedados individualmente.

– Por conta da Covid, todos os seguranças do presidente estão ficando [hospedados] individualmente. Isso aumentou os gastos com hospedagem […] Temos uma característica específica, que é o nível de exposição a risco que o presidente tem. Cada presidente é levantado para um nível de risco e não há dúvidas [de] que o presidente está em um nível mais alto de risco. Não tem ameaça de morte. Ele já teve efetivamente uma tentativa de assassinato que levanta um ponto específico de segurança maior, o que exige uma quantidade de segurança maior que outros presidentes – destacou.

Wagner Rosário deu ainda mais detalhes dos custos.

– A equipe presidencial esteve em Santa Catarina durante dez dias. Mas o presidente só ficou cinco dias. No Guarujá, foram 13 dias para o deslocamento (da equipe de segurança), e o presidente permaneceu oito dias no local. E isso tudo entra nos gastos do cartão corporativo. Os gastos envolvem combustíveis para os veículos, alimentação de equipe de segurança, hospedagem das equipes de segurança (que foi o gasto mais significativo), serviços de comunicação e telecomunicação e diária dos envolvidos. Presidente e equipe – pontuou.

À Câmara, Rosário também afirmou que os documentos comprovando todos os gastos da viagem serão disponibilizados dentro do prazo.

– O processo de fechamento desta viagem e prestação de contas ainda está no prazo. Todos os documentos estarão lá comprovando os gastos do presidente – ressaltou Rosário.

Leia também1 CPI da Covid pretende investigar viagem de Eduardo a Israel
2 BC: Bolsonaro nomeia presidente e diretores para mandatos fixos
3 Bolsonaro veta integralmente projeto de lei que altera adoção
4 Bolsonaro promete decidir seu novo partido até o fim do mês
5 Câmara aprova texto-base de projeto que altera LDO de 2021

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.