Camille Dornelles - 18/10/2017 07h28 | atualizado em 18/10/2017 14h26

A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados que começou nessa terça-feira (17), a respeito da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, volta de onde parou nesta quarta-feira (18).

A CCJ vota se é contra ou a favor do parecer do deputado Bonifácio de Andrada, que pediu o arquivamento da acusação contra Temer por obstrução de justiça e de organização criminosa, juntamente com ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.

Dos 172 deputados que têm direito a se pronunciar antes da votação, 47 o fizeram nessa terça, em uma sessão que durou dez horas. Desses, 35 votaram contra o relatório. Nesta quarta-feira (18), a votação retorna.

O início estava marcado para 9h, mas, até 10h45, o quórum de 34 deputados não havia sido atingido. Os governistas adotam uma estratégia clara de manter silêncio para que a pauta possa ser votada o mais rápido possível, já que têm confiança de que a votação será favorável a Temer.

Já a oposição deseja que a pauta se estenda o máximo possível para poder ganhar mais aliados. O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB), já havia declarado que espera que a votação termine nesta quarta para não atrapalhar a agenda da CCJ.

O texto, no caso de ser aprovado na CCJ, será enviado para votação no plenário da Câmara. Caso a denúncia da PGR seja aceita por todos os deputados, o STF poderá então prosseguir com as investigações contra o presidente. Michel Temer permaneceria afastado do mandato por até 180 dias.

*Atualizado às 10h45

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