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Castro relata descaso de Lula com segurança pública do Rio

Governador disse que o governo petista "não conseguiu mostrar a que veio"

Marcos Melo - 07/04/2023 14h27 | atualizado em 10/04/2023 17h50

Cláudio Catro Fotos: Filipe de Freitas/Governo do Estado do Rio de Janeiro

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), concedeu entrevista à Folha, nesta quinta-feira (6), e respondeu sobre diversos temas, dentre eles a maneira como Lula está conduzindo o país.

Apesar de ter acenado ao petista logo no início do governo e manter até hoje sua postura de não fazer oposição ao chefe do Executivo, Castro dá claros sinais de que debanda para engrossar o coro dos que perderam a paciência com Lula.

– Foi um governo que começou com muita boa vontade, de querer mostrar que era para frente. Acho que as brigas estão paralisando o governo. O governo ainda não conseguiu mostrar a que veio – declarou.

O governador sinaliza desprezo por parte do Executivo federal principalmente no que tange à segurança pública do Rio, que atravessa um de seus períodos mais críticos.

– Tem três meses que a gente não recebe uma ligação. A gente não é procurado para nada. Todo novo superintendente (da PF e PRF) que vinha para cá, conversava. Até agora não teve conversa – revelou.

Castro deixa claro que não há qualquer preocupação ou providência do governo petista para com o estado do Rio.

– Na segurança pública, a Polícia Federal sumiu. Eu não sei o que eles estão fazendo no Rio. PF, PRF devem estar com outras prioridades que não combater o crime, de impedir de entrar arma, droga. A gente nunca viu tanta arma nas comunidades como nos últimos três meses – disse.

O governador carioca revelou que ligou para o ministro da Justiça, Flávio Dino, e conversou sobre a situação da cidade, solicitando ajuda. O ministro disse que iria ao Rio para fazer uma reunião com ele e até hoje nenhum retorno.

Apesar do esforço de Cláudio Castro em nutrir bom relacionamento com o presidente, Lula parece estar colocando questões políticas e partidárias à frente da tarefa do governo federal em socorrer uma situação de caos, principalmente na segurança pública.

– Fui (a Brasília) na posse, no dia 9 de janeiro (após os atos radicais no Distrito Federal). Depois ele veio no Rio um dia e eu fui (ao evento). Depois ele chamou os governadores e eu fui. Da última vez que ele veio (ao RJ), não fui convidado – lamentou.

– Convidei ele para o Consud (encontro dos governadores do Sul e Sudeste) e nem ele, nem o ministro da Casa Civil (Rui Costa) responderam – relatou Castro.

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