Leia também:
X Novo diretor-geral da PF toma posse em cerimônia reservada

Caso Henry: MMFDH pede União pela proteção das crianças

Em nota, ministério pediu colaboração entre governos, sociedade civil e cidadãos

Pierre Borges - 08/04/2021 17h50 | atualizado em 08/04/2021 18h38

Ministra Damares Alves
Ministra da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves Foto: Isac Nóbrega/PR

Embora tenha optado por não comentar especificamente o caso Henry Borel para “não interferir no trabalho policial, já que o inquérito não foi concluído e tudo ainda passará pelo crivo do Judiciário”, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) divulgou nesta quinta-feira (8) uma nota pedindo a “união de esforços – entre governos, sociedade civil e cidadãos – pela proteção das crianças”.

O ministério enfatizou a necessidade da participação massiva da sociedade (como o de vizinhos atentos e de familiares), pois todos os casos recentes de violência e tortura que ganharam repercussão ocorreram dentro de casa e com a participação de familiares ou pessoas próximas.

A nota ainda diz que dados do Disque 100 apontam que cerca de 80% a 90% das denúncias relacionadas à violência infantil referem-se a casos em que a criança/adolescente é vitimada dentro de casa.

O Ministério declara que “todos os casos recentes de violência só foram interrompidos e evitaram tragédias maiores quando alguém teve a coragem de romper o silêncio e pediu ajuda”. Ele incentiva a denúncia pelo Disque 100, pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil ou pelos aplicativos de mensagens Telegram (direitoshumanosbrasilbot) ou WhatsApp, pelo número (61) 99656-5008.

CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA
“Para não interferir no trabalho policial, já que o inquérito não foi concluído e tudo ainda passará pelo crivo do Judiciário, o ministério não irá comentar o caso concreto. Mas aproveita a oportunidade para conclamar a todos os brasileiros sobre a urgente necessidade de união de esforços – entre governos, sociedade civil e cidadãos – pela proteção das crianças.

É importante enfatizar que somente com a participação massiva da sociedade essa situação será modificada. Vizinhos devem ficar atentos, familiares precisam desconfiar de comportamentos atípicos dos pequenos e tomar providências.

Nos recentes relatos de violência e tortura contra os brasileirinhos mais indefesos e que ganharam repercussão, chama a atenção o fato de todos eles terem ocorrido dentro de casa e com a participação de familiares e/ou pessoas próximas.

Dados do Disque 100 confirmam que entre 80% e 90% das denúncias – só no ano passado foram 95 mil registros – relacionados ao tema apontam que a criança e o adolescente normalmente são vítimas de seus algozes dentro dos lares.

O Governo Federal tem feito sua parte neste enfrentamento e, só no ano passado, garantiu investimentos de aproximadamente R$ 75 milhões para o fortalecimento da rede de proteção – inclusive com equipagem e treinamento de conselhos tutelares – e na promoção dos direitos da criança e do adolescente.

Percebemos, entretanto, que somente com a participação massiva da sociedade vamos virar esse jogo. Vizinhos devem ficar atentos, familiares precisam desconfiar de comportamentos atípicos dos pequenos e tomar providências.

Profissionais que lidam diariamente com crianças, como médicos e professores, também podem ajudar. Empresas e organizações podem realizar campanhas de conscientização locais e fazer com que todos fiquem absolutamente alertas para intervir em qualquer situação de perigo contra os mais indefesos.

A classe política também pode ajudar, aprovando leis e destinando orçamento maior para a promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. A defesa de nossos pequenos nos une e não deve ter bandeira ou ideologia.

Todos os casos recentes de violência só foram interrompidos e evitaram tragédias maiores quando alguém teve a coragem de romper o silêncio e pediu ajuda. Por isso, pedimos à toda a sociedade que denuncie.

A violência contra a criança ou adolescente pode ser registrada no Disque 100, 24 horas por dia e sete dias por semana, inclusive finais de semana e feriados. Pela internet, as denúncias podem ser feitas pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil ou nos aplicativos de mensagens Telegram (direitoshumanosbrasilbot) ou WhatsApp, pelo número (61) 99656-5008.”

Leia também1 Novo diretor-geral da PF toma posse em cerimônia reservada
2 Partido Solidariedade decide expulsar Dr. Jairinho da sigla
3 Polícia diz não ter dúvidas sobre autoria da morte de Henry
4 Jairinho e Monique responderão por homicídio e tortura
5 Covid: SP registra 1.299 mortes em 24h, 2° pior dia na pandemia

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.