Monique Mello - 19/02/2021 16h33 | atualizado em 20/02/2021 11h49

A deputada federal Magda Mofatto (PL-GO) foi escolhida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para relatar o processo da prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ).

O nome da deputada indicada para a função foi confirmado pela Câmara nesta sexta-feira (19) e causou surpresa. Até esta quinta-feira (18), a expectativa de líderes de partidos era a de que Carlos Sampaio (PSDB-SP) fosse o relator do caso, porém isto não chegou a ser formalizado. O tucano chegou a indicar, nas redes sociais, que votaria pela manutenção da prisão de Silveira.

Com a repercussão nas redes sociais, Magda defendeu a escolha por ela e afirmou sua seriedade.

O motivo pelo qual fui escolhida é pelo meu perfil independente e sério. Não posso adiantar o relatório, mas minha missão é defender a Democracia e a Constituição.

— Magda Mofatto Oficial (@MofattoMagda) February 19, 2021

A parlamentar afirmou que ainda não decidiu se será a favor da detenção ou da soltura do colega, mas que a análise será “profunda”, para que não haja um “julgamento injusto”.

– Estou conversando com nossos colegas para que a gente tome uma decisão acertada. Não [se] tem ainda um relatório pronto. Dá a impressão [de] que a tendência é essa [a manutenção da prisão]. Mas não [se] tem nada decidido. E lembrando que quem decide é o plenário, que pode ser favorável ao relatório ou não. De noite, vamos saber.

A relatora afirmou ainda que o Congresso não se sente pressionado, mesmo que o plenário do Supremo tenha votado, por unanimidade, pela manutenção da decisão do ministro Alexandre de Moraes de prender Daniel Silveira.

– São poderes [o Legislativo e o Judiciário] harmônicos entre si, mas independentes – afirmou ela.

Magda Mofatto tem 71 anos e está em seu terceiro mandato. Moradora de Caldas Novas (GO), a cerca de 300 km de Brasília, a deputada é defensora do Turismo e do “direito à legítima defesa para o cidadão de bem”.

Antes de ser eleita deputada federal, ela teve três mandatos como vereadora, um como prefeita de Caldas Novas (GO) e outro como deputada estadual. Votou a favor do Processo de impeachment de Dilma Rousseff. Posteriormente, no Governo Michel Temer, foi favorável à PEC do Teto dos Gastos Públicos.

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