Ana Luiza Menezes - 19/05/2025 15h48 | atualizado em 19/05/2025 17h04

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) se manifestou sobre a Polícia Federal (PF) ter dito que descobriu que a liderança do Comando Vermelho (CV) ordenou a suspensão de atividades criminosas no Rio de Janeiro durante a Cúpula do G20, evento que reuniu autoridades internacionais na Marina da Glória, em fevereiro de 2024. De acordo com informações do jornal O Globo, a ordem partiu de Arnaldo da Silva Dias, conhecido como Naldinho, integrante do Conselho Permanente da facção.

Segundo Carlos, não se pode insinuar nada apesar dos fatos expostos. Em tom de ironia, ele destacou que “o amor venceu”.

– Se você ousar insinuar qualquer coisa mesmo frente fatos mais uma vez, já sabe o que a democracia fará contigo! O amor venceu!

COMANDO VERMELHO
No comunicado de Naldinho, ele determinou que os integrantes da organização criminosa segurassem “sete dias sem guerras e roubo”, após fazer contato com um “representante das autoridades”. No texto, ele afirma que houve “diálogo” e as autoridades “demonstraram um respeito” para com a facção.

– Boa tarde a todos meus irmãos. Hoje, um representante das autoridades no Rio procurou o irmão que é sintonia e pediu para nós segurarmos sete dias sem guerras e roubo devido ao G20 (são representantes de 20 países diferentes). Para evitar isolamentos de irmãos que venham a ter ligação com determinada área. Todos estamos de acordo em segurar esses sete dias até porque se veio no diálogo, eles demonstraram um respeito por nós – disse Naldinho.

No dia 6 de março, o líder do grupo voltou a destacar a ordem e frisou que não toleraria descumprimentos.

– Irmãos das comunidades CV, venham se atentar em suas responsabilidades, pois os roubos de carros e motos ainda continuam proibidos pela facção. Não vamos aturar mais desculpas – assinalou.

Ainda não se sabe qual autoridade contatou o CV.

A Cúpula de Líderes do G20 no Rio de Janeiro foi realizada nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Museu de Arte Moderna (MAM). Foi a primeira vez que o Brasil sediou o evento, que reuniu chefes de Estado de diversos países, incluindo o até então presidente dos EUA, Joe Biden; da China, Xi Jinping; da França, Emmanuel Macron; e da Argentina, Javier Milei.

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