Candidata negra vai processar Lula por falas de cunho racista
Petista disse que não havia negros nos atos de 7 de Setembro
Monique Mello - 09/09/2022 17h28 | atualizado em 14/09/2022 10h32

A campanha de Camila Georg (PSC), candidata a deputada federal pelo Rio Grande do Norte, dará entrada em uma queixa-crime contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por racismo. Isto porque o petista comparou os atos do presidente Jair Bolsonaro pelo dia 7 de Setembro a uma reunião da Ku Klux Klan, grupo supremacista branco dos Estados Unidos (EUA).
– Foi uma coisa muito engraçada o ato do Bolsonaro. Parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, trabalhador. O artista principal era o velho da Havan, que aparecia como se fosse o Louro José da campanha do Bolsonaro – apontou Lula.
Camila, que é negra e conhecida como Preta Opressora, esteve presente nos atos pelo Dia da Independência e disse que, na verdade, o que faltou foi “bandido”.
– O que não faltou foi negro, pardo e trabalhador nos atos de 7 de Setembro. Na verdade, sentimos falta de uma coisa, graças a Deus: não tinha bandido – disse Camila, que também pede a impugnação no TSE da candidatura de Lula e uma ação cível contra o ex-presidente.
A candidata chegou a registrar sua ida no 7 de Setembro, com os seus filhos.
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