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Campos Neto aponta “incerteza sobre o fiscal” no governo PT

Presidente do Banco Central comenta as sinalizações econômicas do próximo governo

Pleno.News - 11/11/2022 17h46 | atualizado em 14/11/2022 17h31

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A falta de clareza nas sinalizações econômicas da equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a provocar uma piora de humor do mercado financeiro com o governo eleito. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), indicou que há uma “incerteza sobre o arcabouço fiscal do novo governo”, por parte dos mercados.

– Os mercados estão sensíveis à questão fiscal, pois estão tentando entender como [o governo] vai pagar as dívidas da pandemia. A gente entende que teve um gasto grande, mas queremos saber como será o planejamento para atender o social e o fiscal – disse Campos Neto, durante um evento do Conselho Federal de Administração (CFA) Society Brazil, em São Paulo, nesta sexta-feira (11).

Nesta quinta (10), o mercado financeiro reagiu muito mal às falas de Lula, que em encontro com aliados criticou a estabilidade fiscal e defendeu a ampliação de gastos. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, a B3, que já estava em queda, piorou ainda mais, e o dólar passou a subir com mais força. A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 4,14%, a R$ 5,3966. O Ibovespa recuou 3,35%, aos 109.775 pontos. O mercado brasileiro operou na contramão do resto do mundo.

– Vemos muitos debates sobre a natureza da inflação, mas uma coisa é clara, precisamos fazer reformas que atuam do lado da oferta – pontuou Campos Neto.

No entanto, para o presidente do Banco Central, é preciso aguardar o desenho final das medidas. Ele ainda assegurou que o BC vai trabalhar junto com o novo governo e ajudar o máximo possível para resolver a equação entre a necessidade social e o equilíbrio fiscal.

– É cedo para eu falar algo, ainda não tem um plano, é normal aumentar ruído em transição. Precisamos esperar para ver qual é a consolidação disso… BC está aberto a discutir com governo novo, sempre entendendo que não fazemos fiscal, que é apenas um input no nosso modelo – completou, lembrando que a independência do BC é importante justamente para esses momentos.

*Com informações da AE

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