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Brasil acusará empresas por importação de madeira ilegal

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro elogiou trabalho da PF que identificou compradores de madeira ilegal

Henrique Gimenes - 19/11/2020 20h09 | atualizado em 19/11/2020 21h23

Presidente Jair Bolsonaro em sua live semanal Foto: Reprodução

Em sua tradicional live pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a questão da “exploração de madeira legal e ilegal”. Ao tratar do assunto nesta quinta-feira (19), Bolsonaro disse que não iria “acusar nenhum país aqui de cometer nenhum crime ou ser conivente de um crime” e que o interesse é “que esses países venham a colaborar conosco”.

Ao lado do ministro da Justiça, André Mendonça, e do delegado Alexandre Saraiva, superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Bolsonaro disse ter interesse em “qualquer ajuda” para combater esse tipo de crime.

– O assunto hoje aqui basicamente vai se resumir na questão de exploração de madeira legal e ilegal, e quais empresas de quais países é que importam essa madeira nossa. A gente não vai acusar nenhum país aqui de cometer nenhum crime ou ser conivente de um crime, mas empresas que poderiam estar nos ajudando a combater esse ilícito, que interessa para nós qualquer ajuda nesse sentido (…) O que queremos é que esses países venham a colaborar conosco – explicou.

O presidente ressaltou a existência do desmatamento ilegal no Brasil e questionou Saraiva sobre casos em que índios trocam madeira por coisas de baixo valor.

– Existe o desmatamento ilegal? Existe. Eu acho que existe até, Saraiva, alguns locais em o que índio troca uma tora por uma Coca-Cola ou uma cerveja. Acontece isso? – questionou.

O delegado disse que já “houve casos de troca de madeira por ‘valores pífios'”.

Bolsonaro então continuou o assunto e ressaltou o trabalho da PF responsável por identificar os compradores de madeira ilegal. Ele também falou sobre ações conjuntas com a Marinha para evitar o deslocamento de madeira.

– Temos aqui um montante de madeira que é exportado por ano. E só nesse contexto, já se vê que não sai de área de manejo. Você obviamente tem também de reservas indígenas e de áreas de proteção ambiental (…) Esse trabalho da PF começou há poucos meses. Vai entrar em cena também a Marinha do Brasil, que já foi contactada. Porque toda ela [a madeira] sai por rios. Dá para a gente fazer barreiras e conter o deslocamento dessa madeira – apontou.

Por fim, o presidente disse que não pretende acusar nenhum país, mas sim as empresas até que a importação de madeira ilegal não seja mais “atrativa”.

– Mesmo assim temos aqui os nomes das empresas que importam isso e a quais países elas pertencem. Não vamos acusar país A, B ou C de cometer um crime, mas empresas desses países sim. Isso já tem processo. Isso vai se avolumar ao ponto tal que não tornará atrativa a importação de madeira ilegal. Porque países hoje nos criticam, em algumas oportunidades com razão e em outras não. E quando conseguirmos chegar a um bom termo, vai diminuir drasticamente o desmatamento no Brasil. É o que nós queremos – destacou.

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