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Brasil está maduro para mudar o sistema eleitoral, diz Barroso

Ministro defende o voto distrital misto

Pleno.News - 08/06/2025 14h49 | atualizado em 09/06/2025 10h13

Luís Roberto Barroso Foto: Rosinei Coutinho/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu neste sábado (7) a mudança do atual sistema eleitoral para o modelo de voto distrital misto. Para ele, o país está “mais do que maduro” para, pulando uma eleição, fazer a troca.

Ao apontar as vantagens do voto distrital misto em discurso no Fórum Esfera, que acontece em Guarujá, litoral paulista, Barroso disse que esse sistema permite ao eleitor saber qual é o parlamentar que representa o seu distrito, assim como desestimula a fragmentação partidária.

O mistro lembrou que defende a substituição do sistema desde 2006, quando escreveu um trabalho a favor da implantação do voto distrital misto oito anos à frente, o que, pontuou, evitaria o processo de impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT).

Antes de Barroso, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, já tinha feito, durante o Fórum Esfera, uma defesa pelo voto distrital misto como uma forma de qualificar o poder legislativo.

Barroso lembrou que Kassab o visitou quando ele assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2020. O tema, contou o ministro do Supremo, foi discutido entre ambos, mas Kassab recomendou esperar o impacto da cláusula de barreira e da proibição da coligações em eleições proporcionais.

– Pois agora o país está mais do que maduro para mudar o sistema eleitoral. Temos um dos piores sistemas eleitorais do mundo na eleição para Câmara dos Deputados – declarou Barroso.

Para o ministro, o modelo atual, de voto proporcional em lista aberta, é caro, tem baixa representatividade e não facilita a governabilidade.

Hoje, ressaltou Barroso, o eleitor vota em quem quer, mas não sabe quem ele elege, uma vez que o voto vai para o partido – são os mais votados do partido que entram no Legislativo. Menos de 5% dos deputados, observou o presidente do STF, são eleitos com votação própria.

– Temos um sistema em que o parlamentar não sabe por quem ele foi eleito e o eleitor não sabe quem colocou lá. Um não tem de quem cobrar, o outro não tem a quem prestar contas – disse.

*AE

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