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Bolsonaro sobre saídas: ‘Tenho que estar ao lado do povo’

Presidente defendeu afrouxamento de isolamento

Gabriela Doria - 30/03/2020 19h47

Presidente Jair Bolsonaro defendeu relaxamento de isolamento Foto: PR/Marcos Corrêa

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender que as medidas do governo para conter o novo coronavírus venham também de amparo econômico aos trabalhadores. Em entrevista ao programa Alerta Nacional, apresentado por Sikêra Jr., Bolsonaro disse que as consequências do isolamento podem ser catastróficas.

– Não podemos impor uma quarentena maior do que a que já está aí porque os [trabalhadores] informais vão sofrer mais. Logicamente a vida é mais importante que a economia, mas se o desemprego vier, vamos ter um problema seríssimo de miséria, fome e depressão – apontou.

Jair Bolsonaro também afirmou que é realista quanto ao vírus e que a maioria da população será infectada.

– Ninguém está dizendo que não vai pegar o vírus. Quase todo mundo vai. Mas o governo quer que nem todos peguem ao mesmo tempo. Tem gente que vai precisar de médico e o hospital estará lotado – defendeu.

Apesar do alerta, o presidente tornou a pedir que a população não entre em pânico.

– O pânico é uma doença. Se o povo entrar em histeria os malefícios serão piores do que o vírus. Eu tenho 65 anos, se fosse algo terrivelmente mortal, eu não estaria na rua. Eu sou líder de uma nação, tenho que estar ao lado do povo brasileiro. Pelo menos 60% da população vai contrair. Você tem que evitar [pegar], mas não pode viver em clima de pânico – disse, citando a epidemia de H1N1.

Questionado sobre a soltura de presos para evitar o risco de uma epidemia, Bolsonaro disse que “se dependesse” dele, ninguém seria solto.

– A decisão não foi do governo e nem do Ministério da Justiça. Se dependesse de mim, não soltaria ninguém. Eles estão muito mais protegidos na cadeia, têm comida, têm tudo lá dentro. Eu não permitiria. Quando eles saem, não têm emprego e vão acabar cometendo delitos. É uma decisão errada do Conselho Nacional de Justiça – observou.

O presidente também aproveitou para criticar governadores e prefeitos, sem citar nomes, pelas restrições severas ao comércio e à circulação. Ele acusou alguns de “inflar” os números de mortos e infectados pela Covid-19.

– Há interesse por parte de alguns governadores [aumentar o número] dos vitimados do vírus. Daria mais respaldo, mais recursos do governo, justificaria medidas. Isso não está certo, é uma prática política para justificar medidas equivocadas de governadores e prefeitos.

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