Bolsonaro sobre prisões definidas pelo STF: “Não podemos aceitar passivamente”
Presidente citou prisões de Roberto Jefferson, Daniel Silveira e Oswaldo Eustáquio
Monique Mello - 23/08/2021 13h31 | atualizado em 23/08/2021 15h01

O presidente Jair Bolsonaro criticou as prisões de aliados, afirmando que não se pode “aceitar passivamente isso”.
Nesta segunda-feira (23), em entrevista à Rádio Regional FM 91, do Vale do Ribeira (SP), o chefe do Executivo citou as prisões do ex-deputado Roberto Jefferson, do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) e do jornalista Oswaldo Eustáquio, mas sem mencionar os nomes.
— Foi preso, há pouco tempo, um deputado federal e [ele] continua preso até hoje, em prisão domiciliar. A mesma coisa um jornalista. Ele é jornalista, é blogueiro, também continua em prisão domiciliar até hoje. Temos agora um presidente de partido. A gente não pode aceitar passivamente isso, dizendo: “Ah, não é comigo”. Vai bater na tua porta – afirmou Bolsonaro.
Todas as referidas prisões foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, alvo de um pedido de impeachment apresentado por Bolsonaro ao Senado na última sexta-feira (20).
Bolsonaro acrescentou que não é justo um magistrado da Corte determinar prisões por ser criticado e que os ministros deveriam “tolerar” as críticas.
– Se você acha que a crítica está exagerada, você entra na Justiça. Um ministro do Supremo Tribunal Federal mandar prender, isso não é justo. A crítica, por pior que seja, você tem que tolerar. A liberdade de expressão é ampla, é garantida a todos nós – concluiu.
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