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Bolsonaro sobre Precatórios: “Não é calote, querida imprensa”

Em evento no Planalto, presidente refutou críticas à PEC

Pleno.News - 11/11/2021 13h05 | atualizado em 11/11/2021 14h25

Presidente Jair Bolsonaro em lançamento do programa social Comida no Prato Foto: Reprodução / Youtube / TV Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou, nesta quinta-feira (11), que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios seja uma forma de “calote”.

Durante lançamento do programa social Comida no Prato, no Palácio do Planalto, ele disse que honrará dívidas acima de R$ 600 mil, mas questionou o pagamento integral do montante, que, segundo apontou, foi acumulado por governos anteriores.

– Tem muita coisa que é desinformada no Brasil. Ninguém quer dar calote em ninguém. Dívida de mais de 20 anos acumuladas, [e], de repente, uma decisão judicial falou: “Bolsonaro, paga esse trem aí”. E entra no teto de gastos. […] Não é PEC do Calote, querida imprensa brasileira. Se eu pegar, para qualquer um de vocês que ganha aí R$ 5, 6, 10 ou 15 mil por mês, e falar “tem que pagar R$ 1 milhão agora”, você vai ter que fazer uma opção. Se pagar, vai faltar o que comer em casa. É o que nós estamos passando aqui. Dívidas de até R$ 600 mil reais, nós vamos honrar. É acima de R$ 600 mil – destacou.

De acordo com o presidente, diversos setores do governo seriam impactos caso a emenda não fosse aprovada pelo Congresso.

– Lamento a decisão judicial nesse sentido, porque… é bacana né, decisão judicial não se discute, se cumpre, mas como cumprir um pagamento previsto maior de R$ 30 bilhões, que, de repente, passa para R$ 90 bilhões, dentro do teto? Ficaríamos sem recursos. Para todos os setores faltaria alguma coisa – assinalou.

Bolsonaro ainda frisou a importância de atender às famílias que passam por dificuldades financeiras no pós-pandemia, dobrando o valor do Bolsa Família com o novo Auxílio Brasil, que seria viabilizado pela PEC.

– Quando a gente vê partidos de esquerda e outro partido que se diz Novo, mas não tão Novo assim, votando contra [a PEC]… Nós só queremos um espaço para atender a quem está passando fome. Nós entendemos que em torno de 17 milhões de famílias têm dificuldades sérias.

O presidente mencionou as cenas de pessoas pegando ossos para comer, divulgadas recentemente pela imprensa, e disse que o Auxílio poderá ajudá-las.

– Se mostra na imprensa um caminhão com pessoas pegando osso, a culpa é de quem? Do Bolsonaro. E quando a gente quer buscar a solução, dobrando o valor do ticket médio do Bolsa Família, o que acontece? “Olha o cara sem responsabilidade. Olha o cara querendo furar o teto”. Nada vai ser feito além daquilo que nós temos feito até o momento no tocante à responsabilidade. Dá para dobrar esse valor.

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