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Em coletiva, presidente confirmou a demissão de Luiz Henrique Mandetta e anunciou Nelson Teich como novo ministro da Saúde

Henrique Gimenes - 16/04/2020 17h40 | atualizado em 16/04/2020 18h50

Presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Marcos Corrêa

Nesta quinta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista coletiva no Planalto do Planalto para falar sobre a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde. Ele afirmou que foi um “divórcio consensual”, agradeceu o trabalho de Mandetta e disse que ele se “prontificou a passar por uma transição o mais tranquila possível”.

Mais cedo, Mandetta havia informado sobre a decisão do presidente em suas redes sociais. Durante a coletiva, Bolsonaro falou que a vida do brasileiro está em primeiro e que o ministro da Saúde será exonerado nas próximas horas.

– Em comum acordo, eu o exonero do Ministério nas próximas horas. Foi realmente um divórcio consensual, porque acima de mim, como presidente, e dele como ainda ministro, está a saúde do povo brasileiro. A vida para todos nós está em primeiro lugar – apontou.

O presidente também falou sobre as divergências entre ele e Luiz Henrique Mandetta.

– A questão do coronavírus se abate sobre todo o mundo. E cada país tem suas especificidades, como bem disse o chefe da OMS. No Brasil não é diferente. Como presidente da República, eu coordeno 22 ministérios. E na maioria das vezes, o problema não está em apenas um ministério. Quando se fala em saúde, fala-se em vida. E a gente não pode deixar de falar em emprego. Porque uma pessoa desempregada estará mais propensa a sofrer problemas de saúde. Desde o começo da pandemia, me dirigi a todos os ministros e falei da vida e do emprego. É como um paciente com duas doenças, não podemos abandonar uma e tratar a outra – explicou.

Ao longo da coletiva, Bolsonaro disse que seu governo entende “perfeitamente a gravidade da situação” e defendeu que a “economia e o emprego têm que voltar à normalidade. Não o mais rápido possível, mas tem que começar a ser flexibilizado”. Ele também explicou que sempre tentou passar uma sensação de tranquilidade para a sociedade.

– Desde o começo eu busquei levar uma mensagem de tranquilidade. O clima quase de terror se instalou no meio da sociedade. Isso não é bom, porque uma pessoa que vive sob tensão, no clima de histeria, é uma pessoa que está propensa a adquirir novas doenças ou agravar as que já tem – destacou.

O presidente também anunciou o Oncologista Nelson Teich como novo ministro e disse que é preciso “abrir o emprego no Brasil” de forma gradual.

– Não condeno, não recrimino e não critico o ainda ministro Mandetta. Ele fez aquilo que, como médico, achava que devia fazer ao longo desse tempo. A separação, cada vez mais, se tornava uma realidade. Mas não podemos tomar decisões de forma que o trabalho feito até o momento fosse perdido. O que eu conversei ao longo desse tempo com o oncologista doutro Nelson, aqui ao meu lado, foi fazer com que ele entendesse a situação como um todo (…) O que conversei com doutor Nelson? Que gradativamente nós temos que abrir o emprego no Brasil. Essa grande massa de humildes não tem como ficar dentro de casa – afirmou.

Por fim, Jair Bolsonaro afirmou que o novo ministro da Saúde terá um “enorme desafio” pela frente.

– Eu também agradeço o doutor Nelson por ter aceito esse convite. E ele sabe do enorme desafio que terá pela frente. Já começa hoje mesmo uma transição que gradualmente vai servir para redirecionar, não apenas a posição do presidente, mas dos 22 ministros que integram nosso governo. Todos os ministros estão envolvidos na mesma causa, sem exceção. Estamos juntos em defesa da vida do povo brasileiro, em defesa dos empregos e buscando levar tranquilidade e paz para o nosso povo – ressaltou.

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