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Bolsonaro sobre 80 tiros no RJ: ‘Exército não matou ninguém’

Presidente comentou a morte de músico fuzilado em carro

Henrique Gimenes - 12/04/2019 16h14 | atualizado em 12/04/2019 17h44

Presidente Jair Bolsonaro Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta sexta-feira (12), a morte de um músico no Rio de Janeiro que teve seu carro fuzilado por soldados do Exército. Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, dirigia o veículo que foi alvo de 80 tiros de fuzil no domingo (7).

De acordo com o presidente, o fato foi o um incidente e o “Exército não matou ninguém”.

– O Exército não matou ninguém, não. O Exército é do povo e não pode acusar o povo de ser assassino, não. Houve um incidente, uma morte – ressaltou.

A declaração foi dada durante inauguração de um aeroporto em Macapá, no Amapá. O presidente lamentou a “morte do cidadão trabalhador, honesto” e disse ainda que ” está sendo apurada a responsabilidade. No Exército sempre tem um responsável”. Bolsonaro afirmou que nada será jogado para “debaixo do tapete” e que a “responsabilidade” será assumida.

– Uma perícia já foi pedida para que se tenha certeza do que realmente aconteceu naquele momento e o Exército, na pessoa de seu comandante, vai se pronunciar sobre este assunto e, se for o caso, eu me pronuncio também. Nós vamos assumir a nossa responsabilidade e mostrar o que realmente aconteceu para a população brasileira – destacou.

80 TIROS
Os militares teriam confundido o carro do músico Evaldo Rosa dos Santos com o de criminosos. Segundo o delegado Leonardo Salgado, da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, o carro em que as vítimas estavam foi atingido por mais de 80 tiros.

Junto com o motorista estavam sua esposa, o filho de 7 anos, o sogro de Evaldo e uma amiga da família. Eles seguiam para uma festa de chá de bebê. Evaldo morreu na hora. Seu sogro e um pedestre foram baleados e encaminhados para o hospital.

O CML emitiu uma nota sobre as informações divulgadas pela delegacia.

NOTA DO CML NA ÍNTEGRA
A fim de realizar uma apuração preliminar da dinâmica dos fatos ocorridos, foi determinado pelo Comandante Militar do Leste que sejam coletados os depoimentos de todos os militares envolvidos, bem como ouvidas todas as testemunhas civis, o que está em andamento, nesse momento, na Delegacia de Polícia Judiciária Militar ativada na Vila Militar. O Ministério Público Militar já foi informado e está supervisionando a condução dessas oitivas.

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