Pierre Borges - 09/11/2020 12h04 | atualizado em 09/11/2020 12h11

O presidente Jair Bolsonaro recusou, nesta segunda-feira (9), o recebimento de documentos pelas mãos de um de seus simpatizantes no Palácio da Alvorada. Bolsonaro alegou que, por questões de segurança, os papéis não poderiam ser entregues diretamente a ele.

Segundo o apoiador do presidente, a documentação teria sito protocolada junto ao governo e seria referente a uma suposta vacina. A decisão de entregar a papelada pessoalmente a Bolsonaro, teria sido tomada devido ao prazo de 10 dias estabelecido pelo protocolo para que o documento fosse analisado e, possivelmente, entregue ao presidente.

– Primeiro, passa na mão do pessoal, porque pode ter coisa esquisita no meio do papel. Só isso, mais nada – respondeu Bolsonaro.

A segurança do Alvorada proíbe a entrada de pessoas portando qualquer objeto além do próprio celular no local. O presidente também reforçou que a documentação deveria ser analisada previamente e entregue ao Ministério da Saúde.

– Pessoal meu pega e entrega na saúde. Se tudo tem que chegar em mim, eu não trabalho, é muita coisa. Olha, é praxe: não passa nas minhas mãos. Afirmou.

Bolsonaro já reclamou, em outras ocasiões, sobre a papelada que chegava até ele. Em abril, o presidente disse que “às vezes tem um palmo de papel pra assinar” e quatro meses depois, ele interrompeu um apoiador que tentava lhe entregar uma carta. Na ocasião Bolsonaro disse que “dificilmente” leria a carta e fez um gesto com a mão mostrando o tamanho da papelada que recebia.

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