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Bolsonaro rebate Moro: ‘Teve 1 ano e 4 meses comigo e não descobriu nada?’

Presidente deu declarações nesta segunda-feira

Pleno.News - 10/01/2022 14h25 | atualizado em 10/01/2022 15h49

Presidente Jair Bolsonaro Foto: Reprodução/Morning Show

Nesta segunda-feira (10), durante entrevista à Jovem Pan, o presidente Jair Bolsonaro rebateu críticas do ex-juiz da e ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que o acusou de interferir na Polícia Federal para proteger seus próprios filhos e aliados.

– Ele [Moro] teve um ano e quatro meses comigo e não descobriu nada do governo? Prevaricou? Um mês antes de sair, ele deu entrevista, acho que ao Roda Viva, e falou a verdade do que acontecia no meu governo. Parabéns para ele! Só que eu tinha um problema: achava que a Polícia Federal podia agir melhor. A indicação do diretor-geral é [escolha] privativa [do presidente da República]; eu dei liberdade. Para todos os ministros, eu falei “vocês podem formar o ministério, mas eu tenho o poder de veto. Você botou esse secretário, [ele] não por causa disso”. Tira o cara fora ou não admite o cara. Na questão da Polícia Federal, eu achava que tinha que ser dessa maneira, porque outras questões foram aparecendo ao longo do caminho, mas ele [Moro] não admitia isso daí; era tudo dele. No início do governo, ele botou num conselho uma senhorita jovem, a Ilona Szabó, que, quando eu vi, falei “essa senhora não tem nada a ver com o que a gente defende”. As posições são bastante progressistas. Ele dizia: “A gente precisa para ter contraponto”. Contraponto já tem com a imprensa. Não tem que botar gente lá dentro para dar pancada em você, pegar o que acontece lá e jogar para imprensa. Possivelmente, isso ia acontecer. Ele passou a achar que era o dono do ministério – disse o chefe do Executivo.

Bolsonaro disse ainda que Moro só aceitaria trocar o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, se fosse indicado para a vaga deixada pelo ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF).

– Na véspera, quando esteve comigo, no dia em que ele pediu demissão, ele [Moro] aceitava mandar embora o diretor-geral, em setembro, quando eu o indicasse para o Supremo. Que petulância, que petulância! Eu confesso que acreditei nele no começo, como muita gente acreditou. Ele foi no meu governo para fazer um trabalho sério, para se blindar ou para se preparar para ser futuro candidato a presidente? São três alternativas aí. Não deu certo. Tirei ele fora. Tinha que tirar. Eu lembro perfeitamente: era mais ou menos meio-dia quando foi anunciada a demissão dele, ele dando uma coletiva, o número de apoiadores meus vinha caindo; perdi 50 mil no Facebook. Depois de eu ter me externado, passamos a reconhecer quem ele era verdadeiramente – declarou.

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