Bolsonaro questiona decisão de liberar corpo de ex-PM
Mandatário afirmou que escolha da Justiça pode atrapalhar uma perícia isenta sobre o crime
Paulo Moura - 18/02/2020 08h10 | atualizado em 18/02/2020 08h55
O presidente Jair Bolsonaro questionou a decisão da Justiça do Rio de Janeiro de desobrigar o Instituto Médico Legal de manter conservado o corpo do ex-capitão da Polícia Militar, Adriano da Nóbrega, morto no último dia 9 de fevereiro durante uma ação policial na Bahia. Em uma publicação nas redes sociais, o mandatário afirmou que sem uma perícia isenta, inocentes poderão ser acusados do crime.
– A quem interessa não haver uma perícia independente? Sua possível execução foi “queima de arquivo”? Sem uma perícia isenta os verdadeiros criminosos continuam livres até para acusar inocentes do caso Marielle. Quem fará a perícia nos telefones do Adriano? Poderiam forjar trocas de mensagens e áudios recebidos? Inocentes seriam acusados do crime? – declarou.
A decisão de não manter o corpo conservado, o que poderia garantir a realização de uma perícia independente, foi tomada pelo juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça estadual. Segundo ele, não há mais “necessidade de conservação do corpo, nem de novos exames periciais”.
No último dia 12, duas decisões da Justiça proibiam a cremação do corpo de Adriano, o pedido para realizar a cremação havia sido feito pela família do ex-policial.Leia também1 Bolsonaro rebate discurso da esquerda sobre presidiários
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