Bolsonaro quer deixar escolha de PGR para final de setembro
Presidente afirmou que anúncio pode ficar para depois da saída de Dodge
Camille Dornelles - 21/08/2019 10h28 | atualizado em 21/08/2019 11h15
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (20), que pode deixar a escolha do novo procurador-geral da República para o fim de setembro. Raquel Dodge sai do cargo apenas no dia 17 de setembro.
Dois avaliados pelo presidente para o posto, os subprocuradores-gerais Augusto Aras e Antonio Carlos Simões Soares, passaram a ser criticados pela base eleitoral de Bolsonaro e até mesmo por integrantes de seu próprio partido, o PSL, após divulgação de declarações polêmicas.
Em 2016, Aras afirmou que a direita radical explorava a “doutrina do medo” e defendeu teses de partidos de esquerda. Soares, em um texto de 2014, disse que a democracia é um “verdadeiro embuste” e criticou agora, em entrevista à Folha de S.Paulo, a atuação da Lava Jato em Curitiba.
– Não dá para ter prazo. Até o possível sucessor no momento, caso não indique até lá, é uma pessoa que, pelas informações que tenho sobre ele, são as melhores possíveis”, disse. “Todas as possibilidades estão abertas – declarou o presidente.
Bolsonaro disse ainda que a escolha de um procurador-geral da República não é simples e a comparou a um casamento, que pode fracassar. Ele afirmou que busca um nome que tenha uma “visão global de Brasil” e que tenha posições que não sejam opostas às dele.
– É igual o casamento, costumo fazer muito a comparação. Você é casado com uma mulher, ou com um homem, está muito na moda isso aí, e só vê a beleza e não vê outros atributos, tem tudo para fracassar – disse.
*Folhapress
Leia também1 Habeas corpus concedido a Eduardo Cunha é revogado
2 Veja o perfil dos possíveis PGR da lista entregue a Bolsonaro
3 Cármen Lúcia arquiva pedido do PT para investigar Moro