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Bolsonaro: “Qualquer coisa que fala, mercado fica irritadinho”

Presidente criticou irritabilidade do mercado financeiro diante da possibilidade de uma nova rodada do auxílio emergencial

Paulo Moura - 12/02/2021 07h32 | atualizado em 12/02/2021 09h38

Presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Marcos Corrêa

O presidente Jair Bolsonaro demonstrou irritação com o mercado financeiro, que apresenta instabilidade nos últimos dias com o temor de que a prorrogação do auxílio emergencial e os planos de reduzir impostos sobre combustíveis desrespeitem pilares macroeconômicos como o teto de gastos, a regra de ouro e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

– Nós queremos tratar da diminuição dos impostos num clima de tranquilidade, e não num clima conflituoso no Brasil. E o pessoal do mercado, qualquer coisa que se fala aqui… fica aí irritadinho na ponta da linha, né. Sobe dólar, cai a bolsa – afirmou o presidente em sua live semanal nas redes sociais.

Bolsonaro também criticou o fato de que qualquer boato divulgado por parte da grande mídia é suficiente para promover uma instabilidade no mercado financeiro e ressaltou que todos perdem com uma economia imprevisível.

– Pessoal, se o Brasil não tiver um rumo, todo mundo vai perder. Vocês também, pô! Então, vamos deixar de ser irritadinhos que [isso] não vai levar a lugar nenhum. A gente está buscando soluções. Uma das maneiras de nós diminuirmos o preço do combustível é se o dólar cair aqui dentro. Mas qualquer negocinho, qualquer boato na imprensa, está aí esse mercado nosso irritadinho. Aí sobe o dólar. Todo mundo perde com isso, pessoal – acrescentou.

O presidente reconheceu que uma nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial por mais alguns meses aumentaria o endividamento, mas disse que o governo trabalha com responsabilidade para fechar uma proposta sobre o tema. Ele reiterou que a ajuda será “emergencial, não vitalícia”.

– Não pode, quando se fala em discutir (por mais alguns meses, poucos meses) a prorrogação do auxílio emergencial, o mercado ficar se comportando dessa forma que está aí. “Ah, vamos dar um sinal para eles de que não queremos isso”. Pessoal, vocês sabem o que é passar fome?. Vocês sabem a necessidade que esse povo passa para simplesmente não estender a mão numa hora de necessidade? Nós sabemos” – disse.

Bolsonaro disse que o Brasil vive uma situação crítica, com uma dívida interna de cerca de R$ 5 trilhões, e destacou que o governo federal está trabalhando para tentar diminuir a carga tributária no país.

– Você, contribuinte, paga muito para rolagem dessa dívida. Então, nós queremos é, com responsabilidade, diminuir a carga tributária no Brasil – completou o chefe do Executivo.

*Estadão

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