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Bolsonaro: “Qual ameaça estou oferecendo para a democracia?”

Presidente queixou-se da mobilização em torno da Carta pela Democracia

Thamirys Andrade - 28/07/2022 14h52 | atualizado em 28/07/2022 15h56

Jair Bolsonaro Foto: EFE/ANDRE COELHO

Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada nesta quinta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro (PL) queixou-se contra o manifesto chamado Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito. Na ocasião, o chefe do Executivo questiona retoricamente qual ameaça ele oferece para a democracia brasileira. Seguindo o argumento do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ele também atribui o protesto à insatisfação de banqueiros em relação à criação do Pix.

– Carta pela democracia? Qual ameaça estou oferecendo para a democracia? Você pode ver, esse negócio de carta aos brasileiros, da democracia, os banqueiros estão patrocinando. É (com) o Pix que eu dei uma paulada neles. Os bancos digitais, também nós facilitamos. Estamos acabando com o monopólio dos bancos. Estão perdendo o poder – pontuou.

Essa não é a primeira vez que o presidente se pronuncia sobre o manifesto. Nesta quarta-feira (27), ele afirmou que o Brasil não precisa de uma “cartinha” em defesa do regime democrático, pois já vivemos neste modelo político.

– Vivemos em um país democrático, defendemos a democracia. Não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia, e que queremos, cada vez mais, nós, cumprir e respeitar a Constituição. Não precisamos, então, de apoio ou sinalização de quem quer que seja para mostrar que o nosso caminho é a democracia, é a liberdade, é o respeito à Constituição – afirmou.

A CARTA
Formulado por professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o documento recebeu o apoio de políticos de esquerda e de direita, de economistas, de advogados e mesmo de personagens que já estiveram ligados ao governo de Jair Bolsonaro.

Sem citar nomes, a carta afirma que o Brasil “está passando por um momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.

O texto defende as urnas eletrônicas ao dizer que “o processo de apuração no país tem servido de exemplo no mundo, com respeito aos resultados e transição republicana de governo”.

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