Henrique Gimenes - 01/06/2019 14h42 | atualizado em 01/06/2019 14h46

O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar a questão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Em uma entrevista publicada no jornal jornal argentino La Nación neste sábado (1º), ele disse que, caso seu filho tenha cometido irregularidades, terá que pagar.

Bolsonaro disse que confia no filho, mas que Queiroz ainda precisa se explicar.

– Se fez algo mau, tem que pagar. Mas tenho confiança que ele não fez nada de mau. Por outro lado, Fabricio Queiroz, um ex-subtenente da Polícia Militar que eu conheço desde 1984. Foi um soldado da Brigada Paraquedista, meu soldado (…) Pelas coisas que tenho ouvido [a respeito] dele. Ele tem que se explicar. Tem que ser ouvido – apontou.

As investigações sobre Queiroz se iniciaram após o nome dele aparecer em um relatório do Conselho de Controle de Operações Financeiras (Coaf) com movimentações financeiras “atípicas”. De acordo com o Conselho, a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz era incompatível com seus rendimentos. Para o presidente, no entanto, o objetivo das denúncias é desgastar o governo.

– Agora, por que interessa atacar meu filho? Me desgasta. Não há dúvidas de que me desgasta. Mas meu filho responde por seus atos e está pronto para dar explicações. Até hoje não foi convocado a fazer – ressaltou.

Durante a entrevista, Jair Bolsonaro disse que também torce para que o Argentina eleja “um candidato de centro-direita, como fez o Brasil e também Paraguai, Chile, Peru e Colômbia”.

Leia também1 'Se tiver arma, é para usar', diz Bolsonaro a caminhoneiros
2 Bolsonaro almoça de surpresa com caminhoneiros em posto