Bolsonaro pede que Globo explique relação com doleiros
Presidente voltou a cobrar emissora e disse que é acusado há 10 anos, sem provas, pelo grupo
Paulo Moura - 24/08/2020 08h05 | atualizado em 24/08/2020 08h24

Em uma postagem em suas redes sociais na manhã desta segunda-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro voltou a cobrar do Grupo Globo explicações sobre as delações Dario Messer, conhecido como “doleiro dos doleiros” e Claudio Barbosa, o “Tony”, que afirmam que foram contratados para facilitar transações financeiras clandestinas para os donos da Rede Globo.
Na publicação, Bolsonaro diz que há 10 anos a Globo tenta imputar algum crime contra ele, sem provas, e que agora aguarda respostas da emissora quanto ao conteúdo da delação de Messer e Barbosa que apontaram repasses de, ao menos, R$ 1 bilhão para os proprietários do grupo de comunicação.
– Há pelo menos 10 anos o sistema Globo me persegue e nada conseguiram provar contra mim. Agora aguardo explicações da família Marinho sobre a delação do “doleiro dos doleiros”, onde valores superiores a R$ 1 bilhão teriam sido repassados a eles – escreveu Bolsonaro.
O CASO
Segundo o doleiro Dario Messer, um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 mil e 300 mil dólares dentro da sede da Globo, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Ele falou ainda que começou a fazer o negócio com família Marinho por intermédio de Celso Barizon, suposto gerente da conta da família no banco Safra de Nova Iorque. Os repasses teriam começado nos anos 90. As quantias entregues em espécie no Brasil seriam compensadas pela família Marinho no exterior por meio de uma conta de Barizon.
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