Bolsonaro pede que Congresso mantenha Coaf com Moro
Presidente realizou uma nova transmissão ao vivo nesta quinta-feira
Henrique Gimenes - 09/05/2019 21h54 | atualizado em 10/05/2019 10h45

O presidente Jair Bolsonaro realizou, nesta quinta-feira (9), uma nova transmissão ao vivo para falar dos feitos de seu governo na última semana. Ao lado dos médicos Odorico Moraes, Marcelo Borges e Edmar Maciel, ele falou sobre a decisão da comissão mista do Congresso sobre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), sobre o decreto que flexibiliza o porte de armas, assinado por ele nesta semana, e sobre o contingenciamento de recursos de universidades federais feito pelo Ministério da Educação (MEC).
Nesta quinta, a comissão do Congresso analisou a Medida Provisória (MP) que trata da reestruturação do governo. Os parlamentares decidiram retirar o órgão do Ministério da Justiça e passá-lo para o Ministério da Economia. Bolsonaro disse, no entanto, esperar que os parlamentares revejam a decisão.
– Uma das medidas tomadas pela comissão, que falta ser referendada pelo plenário, o que pode não acontecer, é que estão pegando o Coaf e levando do Ministério da Justiça, do Sergio Moro, para o Ministério da Economia, do Paulo Guedes. A gente espera que o plenário da Câmara e do Senado mantenha o Coaf no Ministério da Justiça. É uma ferramenta muito forte no combate à lavagem de dinheiro, à corrupção e outras medidas – ressaltou.
Sobre o decreto de armas de fogo, que chegou a ser criticado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro negou que tenha ido “além do limite da lei”.
– Estão falando barbaridades em relação ao decreto. Não fui além do limite da lei. Não é apenas compromisso de campanha (…) Não é fácil, em um decreto, fazer justiça de forma rápida. Você consulta a questão jurídica, vai no Ministério da Defesa, no Ministério da Justiça, ouve atiradores, ouve gente do povo. E no limite da lei, regulamentamos o que pudemos – explicou.
Sobre o bloqueio das verbas de instituições de ensino, Bolsonaro garantiu que ele é temporário e que tudo será preservado.
– As universidades estão preservadas, não existe esse terror todo. Se fala tanto absurdo. No governo Lula e Dilma, se não me engano, cortaram R$ 10 bilhões. Ninguém falou nada. Nós não cortamos. Apenas deixamos de lado para poder consumir mais tarde, de acordo com o andamento da nossa economia – apontou.
Assista ao vídeo.
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