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Bolsonaro não foi indiciado em inquérito sobre “Abin paralela”

Corporação tomou decisão por causa de já existir indiciamento contra Bolsonaro por organização criminosa

Paulo Moura - 18/06/2025 08h30 | atualizado em 18/06/2025 13h29

Ex-presidente Bolsonaro durante interrogatórios no STF Foto: Ton Molina/STF

A Polícia Federal (PF), ao concluir o inquérito sobre o suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conhecido como “Abin paralela”, apontou supostos indícios de prática de crime pelo ex-chefe do Executivo, mas decidiu não indiciá-lo formalmente.

Segundo a corporação, a razão para o não indiciamento de Jair Bolsonaro desta vez se dá por causa do fato de que ele já foi indiciado em outra investigação por organização criminosa (que seria imputado a ele desta vez). A lista de indiciados, que está sob sigilo, inclui o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-diretor da Abin e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), além de outras autoridades e servidores.

Caberá agora à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresenta denúncia contra os supostos envolvidos no caso, independentemente de constarem na lista de indiciados. O caso, por sinal, também atingiu a atual gestão da Abin: o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, indicado pelo presidente Lula, e o ex-número 2 da agência, Alessandro Moretti, foram formalmente indiciados.

A investigação aponta que a Abin teria sido supostamente usada para espionagem de opositores políticos e interesses pessoais, com uso do software espião FirstMile, especialmente em 2020. Nas redes sociais, o vereador Carlos Bolsonaro criticou o indiciamento e sugeriu motivação política.

– Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência – escreveu.

Pleno.News corrige: Inicialmente, noticiamos que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha sido iniciado no inquérito da “Abin paralela”, mas a informação foi posteriormente corrigida em razão do fato de que a PF disse ter identificado suposta prática de crime de organização criminosa pelo ex-presidente, mas que ele não foi formalmente indiciado por já responder pela mesma conduta em outra investigação.

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