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Bolsonaro: “Moro podia ser meu vice, mas poder subiu à cabeça”

Moro renunciou ao cargo de ministro da Justiça em abril de 2020

Gabriel Mansur - 26/08/2022 14h54 | atualizado em 26/08/2022 15h05

Presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro Foto: PR/Alan Santos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista ao programa Pânico, na Jovem Pan, nesta sexta-feira (26). Ao longo da sabatina, o chefe do Executivo afirmou que poderia ter escolhido seu ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro (União), a vice-presidente de sua chapa à reeleição para o Palácio do Planalto.

Bolsonaro, no entanto, disse que os planos foram frustrados porque o ex-juiz foi “corrompido pelo poder”. Moro renunciou a chefia da pasta no dia 24 de abril de 2020. De lá para cá, sinalizou uma possível candidatura à Presidência da República. Mas, atualmente, disputa uma vaga no Senado Federal pelo Paraná. Ele é o segundo colocado nas pesquisas de intenções de voto, atrás do ex-presidenciável Alvaro Dias (Podemos).

– Estava na cabeça dele disputar a presidência [da República] um dia. Se ele tivesse se mantido numa boa comigo, ele poderia ser meu vice agora, sem problema nenhum. Mas subiu o poder à cabeça dele – disse Bolsonaro ao mencionar o ex-ministro.

Após uma disputa interna entre dois ex-ministros, o da Casa Civil, Walter Braga Netto (PL), e da Agricultura, Teresa Cristina (PP), Bolsonaro optou pelo general da reserva, repetindo 2018, quando o também general Hamilton Mourão integrou sua chapa. O presidente ainda pontuou que, caso fosse indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Moro “jamais” passaria numa sabatina.

– Os meus ministros, de maneira geral, não tinham quase nenhuma vivência política. O Moro é esse aí. O Moro, pela função dele, passou 20 e poucos anos dando canetada e os outros cumprindo. Quando você vai para lá, é diferente o negócio. Acho que subiu na cabeça do Moro o poder. Ele queria uma indicação para o Supremo [Tribunal Federal], [mas] jamais passaria numa sabatina no Supremo – acrescentou.

Sérgio Moro ganhou notoriedade em âmbito nacional ao julgar os casos da operação Lava Jato. Foi ele, inclusive, que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário de Bolsonaro na corrida eleitoral, a nove anos de prisão. O Supremo Tribunal Federal (STF), porém, entendeu que houve parcialidade da parte do magistrado e anulou as sentenças impostas contra o petista no ano passado.

Moro abandonou os tribunais em 1º de janeiro de 2019, quando assumiu a pasta da Justiça e Segurança Pública. Pouco mais de um ano depois, em 24 de abril de 2020, ele resolveu deixar a pasta, motivado por uma decisão de Bolsonaro que trocou o então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo ex-juiz.

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