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Presidente e ministro se reuniram pela primeira vez desde vazamento de conversas

Gabriela Doria - 11/06/2019 15h57 | atualizado em 11/06/2019 18h03

Após se reunirem pela primeira vez desde que o ministro Sergio Moro (Justiça) teve mensagens vazadas, ele e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) mantiveram silêncio nesta terça-feira (11).
Os dois conversaram por cerca de 20 minutos no Palácio da Alvorada e de lá partiram juntos num barco para cerimônia da Marinha, onde o ex-juiz foi condecorado pelo presidente.

A conversa entre eles não estava prevista inicialmente nas agendas públicas e durou cerca de 20 minutos.

O Ministério da Justiça se manifestou só por meio de nota, dizendo que Moro e Bolsonaro tiveram uma conversa “tranquila” sobre “a invasão criminosa” de celulares de juízes, procuradores e jornalistas.

Segundo o texto enviado pela assessoria de imprensa, “o ministro rechaçou a divulgação de possíveis conversas privadas obtidas por meio ilegal e explicou que a Polícia Federal está investigando a invasão criminosa”.

– A conversa foi bastante tranquila. O ministro fez todas as ponderações ao presidente, que entendeu as questões que envolvem o caso – afirmou a equipe de comunicação de Moro.

Bolsonaro vem mantendo distanciamento sobre o vazamento de uma troca de mensagens entre Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, quando ambos atuavam na Operação Lava Jato. O conteúdo, divulgado no domingo (9) pelo site The Intercept Brasil, mostra uma troca de colaborações entre eles.

O ministro permaneceu ao lado de Bolsonaro durante quase uma hora, enquanto participavam da comemoração aos 154 anos da batalha do Riachuelo. Na saída, os dois evitaram falar com a imprensa.

Após a cerimônia, Moro foi do evento ao Congresso almoçar com parlamentares de centro, filiados a legendas como DEM (6), PL (ex-PR) (2) e PSC (1).

O ex-juiz chegou minutos antes do horário previsto, 13h, e, cercado por seguranças entrou no gabinete dizendo que não faria comentários.

Na segunda (10), o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, descartou a possibilidade de demissão de Moro do Ministério da Justiça.

Ainda não há confirmação de que Bolsonaro vá se pronunciar publicamente sobre o caso, mas auxiliares trabalham na construção de uma nota.

*Folhapress

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