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Bolsonaro: “Há sabotagem de onde você nem imagina”

Em entrevista, presidente também declarou que não tem compaixão por Lula

Jade Nunes - 31/05/2019 12h11 | atualizado em 31/05/2019 16h27

Presidente Jair Bolsonaro Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

O presidente Jair Bolsonaro abordou diversos temas relevantes ao governo em entrevista à Veja, publicada nesta sexta-feira (31).

Em um certo ponto, quando questionado se há sabotagem dentro do governo, ele afirmou que “é uma luta pelo poder”.

– Há sabotagem às vezes de onde você nem imagina. No Ministério da Defesa, por exemplo, colocamos militares nos postos de comando. Antes, o ministério estava aparelhado por civis. Havia lá uma mulher em cargo de comando que era esposa do 02 do MST. Tinha ex-deputada do PT, gente de esquerda… Pode isso? – questionou.

Sobre o caso de Lula, ele declarou que o petista estava “trabalhando para roubar a nossa liberdade”.

– Ele saiu de uma situação de líder para a de um cara preso, condenado por corrupção. Apesar disso, não tenho nenhuma compaixão em relação a ele – reiterou.

Sobre o costume de fazer comunicados pelo Twitter, Bolsonaro disse que é a melhor forma de atingir mais pessoas e ter mais engajamento, mas não revelou se o seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, ainda tem acesso aos perfis dele na internet.

– O Carlos tem muita impetuosidade, quer resolver as coisas muito rapidamente. De vez em quando há um atrito entre mim e ele em função da velocidade com que ele quer resolver as questões – explicou.

Bolsonaro também reafirmou que o pensador Olavo de Carvalho não tem influência nas decisões do governo.

– O Olavo foi uma pessoa importante na minha campanha. Ele vinha disseminando os ideais da direita havia muito tempo, uma visão que abriu a cabeça de muita gente. Então, de alguma forma, ajudou na minha eleição. Mas raramente eu converso com o Olavo. Ele tem a sua liberdade de expressão, e ponto. Quantas vezes eu fui chamado de ladrão, safado, sem-vergonha, homofóbico, racista. Eu fico quieto? Agora, se ele responde às agressões de lá… O Olavo não faz por maldade. Ele, pela idade talvez, quer as coisas resolvidas mais rápido. Talvez seja isso aí.

O líder do Executivo ainda disse que errou ao escolher Ricardo Vélez para o cargo de ministro da Educação por indicação de Olavo.

– Errei no começo quando indiquei o Ricardo Vélez como ministro. Foi uma indicação do Olavo de Carvalho? Foi, não vou negar. Ele teve interesse, é boa pessoa. Depois liguei para ele: “Olavo, você conhecia o Vélez de onde?”. “Ah, de publicações.” “Pô, Olavo, você namorou pela internet?”, disse a ele. Depois, tive de dar uma radicalizada. Em conversas aqui com os meus ministros, chegamos à conclusão de que era preciso trocar, não se pode ter pena, e trocamos – reconheceu.

Sobre a decisão da Justiça de considerar Adélio Bispo, autor do atentado contra o presidente, inimputável, Bolsonaro diz acreditar que o crime foi encomendado.

– Esse cara aí viajava o Brasil todo, esse cara aí tinha um cartão de crédito, esse cara frequentou academia de tiro em Santa Catarina, foi filiado ao PSOL até 2014. Surpreendentemente, em 6 de setembro, dia do crime, o nome dele apareceu no cadastro de visitantes do Congresso. Isso ia ser usado como álibi, caso ele não tivesse sido preso em flagrante. É tudo muito suspeito.

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