Bolsonaro: Fui condenado não por erros, mas por virtudes
"O TSE foi completamente favorável ao outro lado", diz o ex-presidente
Marcos Melo - 31/07/2023 15h18 | atualizado em 31/07/2023 17h06
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista à revista Crusoé – publicada no último dia 28 – quando foi questionado se ele se sente perseguido mesmo após ter deixado a Presidência da República. Na ocasião, o líder conservador disse uma frase o tanto quanto emblemática. Para ele, “triste é o país que condena seus cidadãos não por erros, falhas, mas quando condena por virtudes”.
– Por que a inelegibilidade? Triste é o país que condena seus cidadãos não por erros, por falhas, mas quando condena por virtudes. O que eu vejo do meu governo? Quatro anos, dois praticamente parados por conta da pandemia, e nós entregamos o país melhor do que eu recebi em 2019 – pontuou.
Bolsonaro também afirmou que resolveu deixar o Brasil em 30 de dezembro para não ter de passar a faixa a alguém “com o passado do atual presidente que está aí”. E comentou sobre a especulação de que ele teria cogitado dar um golpe de Estado.
– Desde quando assumi, falavam: “Ah, o Bolsonaro vai dar um golpe, vai dar um golpe”. Mas que golpe? Se eu tivesse que dar um golpe, eu daria durante o mandato. Não uma semana depois de ter deixado a Presidência da República – declarou.
E completou:
– Eu resolvi ir embora em 30 de dezembro. Jamais entregaria a faixa para alguém com o passado do atual presidente que está aí. Jamais, jamais. Pela forma como ele foi tirado da cadeia, a forma como ele foi “descondenado” para driblar a Lei da Ficha Limpa. E, depois, como o TSE tratava as questões de interesse meu e dele. O TSE foi completamente favorável ao outro lado. Mas eu considero as eleições do ano passado uma página virada.
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