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Bolsonaro fala de ação da PF contra empresários: “Cadê a turminha da carta pela democracia?”

Durante evento em Minas Gerais, presidente afirmou que "somos ainda um país livre"

Henrique Gimenes - 24/08/2022 16h53 | atualizado em 24/08/2022 17h42

Presidente Jair Bolsonaro Foto: EFE/Marcelo Chello

Nesta quarta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro criticou uma operação da Polícia Federal (PF) que teve como alvo um grupo de empresários que teria defendido um golpe no Brasil caso o ex-presidente Lula vencesse as eleições. Durante um discurso em Betim, Minas Gerais, Bolsonaro falou da ação e lembrou documentos lançados recentemente por instituições em defesa da democracia.

Ao abordar o assunto, o presidente explicou que tem relações com dois integrantes do grupo alvo da PF.

– Somos ainda um país livre. Eu pergunto a vocês: o que aconteceu no tocante aos empresários agora? Esses oito empresários. Dois eu tenho contato com eles, o Luciano Hang e o Meyer Nigri. Cadê aquela turminha da carta pela democracia? A gente sabe que em época de campanha continuam lobos em pele de cordeiro. Acreditar que eles são democratas e nós não somos? Cadê a turminha da carta pela democracia? – indagou.

A operação da PF ocorreu após uma reportagem do site Metrópoles apresentar prints que seriam de conversas de grandes empresários brasileiros em um grupo privado de WhatsApp. De acordo com o colunista Guilherme Amado, entre os empresários presentes no grupo estavam Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, dono da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, dono da marca de surfwear Mormaii.

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra oito empresários. Nas mensagens, eles teriam chegado a afirmar que “golpe foi soltar o presidiário” e que os atos marcados para o próximo 7 de Setembro estão sendo programados “para unir o povo e o Exército”.

No evento, o candidato à reeleição também mostrou preocupação com o pleito e fez críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT).

– O que está em jogo agora nestas eleições? Eu sempre digo: perder uma eleição numa democracia é natural. Tem muitos candidatos aqui em cima que serão vitoriosos, alguns não serão. Faz parte da regra do jogo. Mas nós não podemos perder a democracia numa eleição. Nós sabemos o que esse outro lado fez ao longo de 14 anos, de 2003 a 2016, onde eles colocaram o Brasil – disse.

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