Henrique Gimenes - 12/01/2018 21h49 | atualizado em 15/01/2018 11h08

Nesta sexta-feira (12), o deputado federal, e pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSC-RJ), concedeu entrevista ao programa RedeTV News. Ao jornalista Boris Casoy, Bolsonaro falou sobre as denúncias feitas pelo jornal Folha de S.Paulo, sobre as eleições e sobre suas propostas de governo.

Sobre as diversas denúncias apresentadas pela publicação, entre elas sobre a evolução patrimonial do parlamentar, Bolsonaro considera que o jornal realiza falsas acusações. O deputado explicou a situação de seus imóveis.

– Eu sofro denúncias e sou investigado o tempo todo até pela situação de pré-candidato bem posicionado. A questão da avaliação patrimonial, ninguém descobriu imóvel meu em lugar nenhum. Todos os meus imóveis estão no imposto de renda desde o primeiro momento que os comprei.

Questionado sobre a Reforma da Previdência, Jair Bolsonaro reiterou que pretende votar contra a proposta. Para ele, a reforma do jeito que está não é boa.

– A minha proposta é para acabarmos com os privilégios, evitarmos as incorporações que surgem no Brasil e deixar que o prosseguimento da reforma fiquem para quem assumir em 2019. Essa que estão propondo aí não será aprovada, não contará com meu apoio e ainda dará munição para a esquerda crescer nas eleições – apontou.

O pré-candidato à Presidência da República também comentou a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também pré-candidato, que será julgado em segunda instância no dia 24. Jair Bolsonaro espera que, após o julgamento, “nasça algo melhor para o Brasil”.

– Eu não posso assumir, como parlamentar, a posição do Judiciário. Como cidadão eu estou torcendo para que ele seja condenado. Não por mim, mas pelos crimes que ele cometeu no meu entendimento – defendeu.

O parlamentar também comentou ideias de seu governo para o tema da segurança. Para ele, é preciso ser mais duro na prisão de criminosos. Bolsonaro também comentou sobre a Petrobras e a comparou com a Embraer.

– A Petrobras foi simplesmente aniquilada pelos conchavos políticos. Em troca de apoio parlamentar, o governo escancarou as portas da Petrobras e ela foi ao chão. Você pode fazer isso, de acordo com o modelo golden share (ação especial que permite ao governo vetar decisões estratégicas) e partir para a privatização dela sim – conclui.

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