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Bolsonaro estava “triste”, mas jamais citou golpe, diz Tarcísio

Governador de São Paulo depôs no STF

Pleno.News - 30/05/2025 13h29 | atualizado em 30/05/2025 15h40

Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas Foto: Agência Brasil / Antonio Cruz

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (30) que não teve conhecimento de qualquer articulação golpista pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) depois do segundo turno das eleições de 2022. Tarcísio foi ministro da Infraestrutura do ex-presidente e é testemunha do líder conservador na ação penal que julga a suposta tentativa de golpe de Estado.

Tarcísio relatou ter conversado com Bolsonaro entre novembro e dezembro de 2022, quando fez visitas ao ex-presidente quando ia a Brasília. O período é o mesmo em que o ex-chefe do Executivo é acusado de planejar um golpe de Estado, para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mas ele afirmou que as conversas entre os dois não tiveram teor golpista.

– Jamais, nunca [tive conversa com intenção de praticar ato de tentativa de golpe de Estado], assim como nunca tinha acontecido durante o meu período no ministério – disse Tarcísio.

Segundo o governador, o líder da direita estava “triste, resignado”, após as eleições de 2022, mas não “mencionou qualquer tipo de ruptura”.

Questionado pelo advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa de Bolsonaro, se teve conhecimento de algum fato que relacionasse o ex-presidente aos atos de 8 de janeiro em Brasília, Tarcísio negou.

– Não, nenhum. O presidente nem sequer estava no Brasil – afirmou.

Cotado como o principal nome para substituir Bolsonaro na eleição presidencial de 2026, Tarcísio exaltou sua relação de “proximidade e gratidão” em relação ao político conservador.

– Eu sempre buscava a orientação do presidente pela sua experiência. O presidente sempre esteve comigo. Estava muito preocupado de eu acertar, procurando transmitir a experiência dele.

Tarcísio nega a pretensão de concorrer à presidência e tem dito que vai disputar a reeleição em São Paulo. Ele disse que a única preocupação de Bolsonaro era que as coisas perdessem rumo no governo Lula.

– Ele [Bolsonaro] lamentava e temia que a coisa desandasse – afirmou Tarcísio.

O governador lembrou que a gestão Bolsonaro teve de lidar com “cinco grandes crises”: a tragédia em Brumadinho (MG), a pandemia de Covid-19, a crise hídrica de 2021, e a guerra na Ucrânia.

O depoimento durou menos de dez minutos e Tarcísio só foi questionado pela defesa de Bolsonaro. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e Moraes abriram mão de fazer perguntas ao governador de São Paulo.

*AE

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