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Bolsonaro: “Estamos todos, sem exceção, no mesmo barco”

Em sua primeira entrevista, o presidente eleito pediu união da população e falou sobre suas propostas para o governo

Henrique Gimenes - 29/10/2018 19h59 | atualizado em 29/10/2018 20h00

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, em sua primeira entrevista Foto: Reprodução

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, concedeu, nesta segunda-feira (29), sua primeira entrevista ao vivo após as eleições. À RecordTV, ele falou sobre governabilidade, suas propostas para o Brasil e a questão da segurança.

Logo no início da entrevista, Bolsonaro foi indagado sobre sua relação com o Congresso e como pretende conquistar os eleitores que não votaram nele. Em tom conciliador, o presidente eleito pediu união e disse que irá precisar do apoio de todos pelo Brasil.

– O Brasil está mergulhado na mais profunda crise ética, moral e econômica. Não vai ser uma pessoa ou um partido que vai tirar o país dessa situação. Precisamos do apoio de todos. Não queremos fazer nada que venha a prejudicar quem quer que seja no Brasil. Apelo ao entendimento de todos para que nos apoie, dê sugestões e, quem esteja no Parlamento, ajude a aperfeiçoar essas ideias. Porque o que está em jogo é nosso Brasil. Estamos todos, sem exceção, no mesmo barco – explicou.

O presidente eleito também falou que já pretende se movimentar na próxima semana e tentar deixar tudo preparado para quando ele assumir em janeiro.

– Buscaremos junto ao atual governo, de Michel Temer, aprovar alguma coisa no que está em andamento, como a Reforma da Previdência. Se não todo, em parte do que está sendo proposto. Isso evitaria problemas para o futuro governo. E também vamos buscar maneiras de evitar novas pautas bomba, porque estamos com um déficit monstruoso e não podemos aumentar ainda mais – apontou.

Em outro momento da entrevista, Jair Bolsonaro foi questionado sobre a possibilidade de indicar o juiz federal Sérgio Moro para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que pretende indicar seu nome ou para o Supremo ou para o Ministério da Justiça.

– Agora que acabou o período eleitoral, já que se eu tivesse falado isso antes, soaria como oportunista de minha parte. Eu pretendo sim. Não só para o Supremo, quem sabe até para o Ministério da Justiça. Pretendo conversar brevemente com ele e, se tiver interesse, será uma pessoa de extrema importância em um governo como o nosso – destacou.

Bolsonaro também voltou a falar sobre a questão de armar a população. Ele disse que dar armas ao povo e mais sua proposta do excludente de ilicitude, irão ajudar na questão da criminalidade.

O presidente eleito ainda explicou uma de suas declarações polêmicas durante a campanha, de que “os marginais de vermelho” serão banidos. Ele disse que não pretende abrir diálogo com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

– Quando você o pessoal do MST invadindo propriedades, depredando, matando animais e tocando fogo em prédios, você fica indignado. Muitas vezes você entra com uma ação e ganha. E o governador, sendo de um partido que apoia o movimento, não cumpre (…) No que depender de mim, qualquer invasão, seja feita pelo MST como pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), terá que ser tipificada como terrorismo. E a propriedade privada é sagrada, seja urbana ou rural – ressaltou.

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