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Amazônia: Bolsonaro e Salles criam programa Adote 1 Parque

Com a iniciativa, o governo espera arrecadar R$ 3,2 bilhões para investir na conservação da floresta

Pleno.News - 09/02/2021 19h39 | atualizado em 09/02/2021 19h40

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (9) decreto que cria o programa Adote 1 Parque, do Ministério do Meio Ambiente, para arrecadar recursos para a preservação de parques da Amazônia. Com a iniciativa, o governo espera arrecadar R$ 3,2 bilhões para investir na conservação da floresta.

O lançamento do programa era prometido pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, desde o ano passado.

Presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, o vice-presidente Hamilton Mourão não participou do evento realizado no Palácio do Planalto nesta tarde para o lançamento do projeto. A assessoria do Ministério do Meio Ambiente informou que “todos os integrantes do governo federal estavam convidados”.

O programa permite que empresas e pessoas físicas, nacionais e estrangeiras, possam adotar uma das 132 unidades de conservação da região amazônica por um ano. Para entes nacionais, o valor é de R$ 50 por hectare e 10 euros (equivalente a R$ 65) para empresas estrangeiras. A adoção da área pode ser prorrogada por até 5 anos.

– [Valor de] 10 euros por hectare por ano é um recurso bastante significativo para nós que temos já há muito anos um orçamento bastante limitado para cuidar dessas unidades de conservação – disse Salles.

Segundo o ministro, o programa “simboliza uma aproximação do setor privado”, que cada vez mais se interessa pela conservação do meio ambiente. Ele informou ainda que outros biomas poderão ser incluídos no programa eventualmente.

No evento, o presidente do grupo Carrefour na América Latina, Nöel Prioux, assinou protocolo de intenções de adoção do parque do Lago do Cuniã, no Estado de Rondônia.

Em sua fala, Bolsonaro agradeceu a parceria do grupo francês e disse que “não tem porque Brasil e França se distanciarem”.

– O que nós podemos falar para aqueles que nos criticam, é o seguinte: nós não temos condições, por condições econômicas, de atender nessa área, vem nos ajudar. E uma empresa francesa foi a primeira que apareceu. Isso obviamente é um marco para nós – disse.

O presidente ressaltou que a Amazônia corresponde a uma área “enorme”, maior que a Europa Ocidental.

– É difícil cuidar disso tudo – observou.

Ele também mencionou problemas na região do Pantanal, bioma que no ano passado sofreu com queimadas.

– Por vezes a legislação atrapalha a gente a preservar aquela área [do Pantanal] – comentou.

No evento, Bolsonaro voltou a dizer que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente. Ele também repetiu que “a bacia amazônica não pega fogo”.

O chefe do Executivo fez ainda um aceno ao setor do agronegócio e caminhoneiros ao citar que o “homem do campo não ficou em casa” durante a pandemia. Ele cumprimentou caminhoneiros por terem distribuído a produção brasileira.

PROGRAMA
Em setembro do ano passado, o Estadão mostrou que 15 empresas nacionais apresentaram “manifestação de interesse” em participar do programa. Na lista, estavam três bancos, três indústrias e companhias do setor de comércio. No evento desta terça, Salles garantiu que, além do Carrefour, outras empresas estão interessadas na iniciativa.

– Já temos diversas outras empresas que manifestaram interesse e agora, com assinatura do decreto, poderão formalizar contrato – afirmou o ministro a jornalistas.

De acordo com o governo, quem adotar um parque será reconhecido como Parceiros do Meio Ambiente e poderá divulgar essa parceria. O ministro garantiu que a gestão das áreas de conservação continuará com o governo federal.

*Estadão

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