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Bolsonaro é advertido sobre risco de Temer se candidatar

Para aliados do presidente, emedebista tem se movimentado para se tornar nome da terceira via

Thamirys Andrade - 21/04/2022 15h54 | atualizado em 22/04/2022 09h13

Ex-presidente Michel Temer e o presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Alan Santos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi advertido por aliados a manter certa distância do ex-presidente Michel Temer (MDB). Na visão de auxiliares, o líder do Planalto pode ter o emedebista como rival nas urnas este ano. As informações são do colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.

Na visão de aliados do presidente, Temer vem dando indícios de que está se movimentando para se tornar cabeça de chapa da terceira via. Os parceiros de Bolsonaro vêm enviando para ele, nos últimos dias, notícias e publicações nas redes sociais que consideram como evidências das supostas intenções presendenciais de Temer.

Um exemplo seria a viagem do ex-presidente ao Rio Grande do Sul e ao Paraná, na última semana. Na ocasião, ele esteve com políticos locais de diversos partidos e empresários. Outro ponto destacado pelos aliados de Bolsonaro é que Temer encontrou, nos últimos meses, figuras políticas de proeminência, como João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Sérgio Moro (UB) e Aécio Neves (PSDB).

As publicações do ex-presidente nas redes sociais também são encaradas com desconfiança pelas figuras próximas ao presidente. Em posts recentes, Temer vem fazendo apelos pelo fim da polarização e por uma alternativa pacífica no país.

Para os companheiros de Bolsonaro, é sábio manter distância de Temer e não mais recorrer a ele em busca de pontes com os demais Poderes da República.

Em nota à coluna do Metrópoles, Temer confirmou que lideranças políticas têm defendido seu nome para candidato da terceira via. Por outro lado, o emedebista afirma considerar que seu tempo na cadeira presidencial já passou.

Apesar da fala do ex-presidente, figuras próximas de Temer dizem que ele toparia concorrer caso os partidos de centro manifestassem publicamente sua preferência por ele. O próprio ex-presidente já havia admitido essa possibilidade, em dezembro do ano passado, quando, em entrevista à Record News, ele disse que aceitaria caso houvesse uma “conjuntura nacional” em seu favor.

– Essa chamada terceira via, confesso que não está no meu horizonte. Entretanto, devo dizer [que], apenas por hipótese, se em um dado momento houver uma conjunção nacional, com vários setores, quase um Brasil inteiro dizendo que “ele é a solução porque já teve experiência etc., aí posso examinar – ponderou à época, acrescentando que, “em política, nunca se descarta nada”.

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