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Bolsonaro diz que há indícios de que Adélio não agiu sozinho

Presidente deu declaração para o deputado Eduardo Bolsonaro em entrevista

Paulo Moura - 19/12/2020 20h08 | atualizado em 21/12/2020 12h58

Bolsonaro concedeu entrevista ao deputado Eduardo Bolsonaro Foto: Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou no fim da tarde deste sábado (19), em seu canal no YouTube, a entrevista concedida pelo presidente Jair Bolsonaro para o quadro “O Brasil precisa saber”. Na conversa, que teve cerca de 45 minutos, Bolsonaro falou sobre o governo, convicções políticas e sobre o atentado que sofreu em setembro de 2018.

Logo no início, ao ser perguntado por Eduardo sobre o trabalho do governo na pandemia da Covid-19, Bolsonaro afirmou que a administração federal fez mais que a parte dela, provendo, além dos recursos para conter o vírus, o socorro econômico para a população.

– O governo fez mais do que a sua parte. Socorreu também a economia, ao garantir empregos, ao dar o auxílio emergencial, [o governo] evitou que muita gente fosse desprovida do básico para a sua alimentação, o que poderia fazer [com] que ela fosse mais propensa de contrair o vírus – disse.

Questionado se pensa em se candidatar à reeleição em 2022, Bolsonaro disse que a decisão ainda não está definida sobre o tema e afirmou que trabalha pensando nos fatos que estão acontecendo atualmente.

– Se eu estivesse pensando em política em [20]22, eu teria sido ativo nas eleições municipais, e não fui. Fiz quatro lives, de total três horas, onde citei alguns nomes para prefeito e vereador pelo Brasil, e alguns foram eleitos, reeleitos e outros não. Nada mais falei além disso – apontou.

Sobre a criação do partido Aliança pelo Brasil, Bolsonaro disse estar muito difícil e confirmou que a decisão sobre um novo partido será tomada até março. Segundo o líder, caso o partido não esteja formado até o primeiro trimestre, ele se filiará a uma outra legenda para organizar as eleições de 2022.

– Fechando com esse partido ou tendo o nosso partido, a primeira medida é escalar um comandante para cada estado. E é um partido, mesmo sendo escolha, é um partido pequeno que não tem fundo partidário. Vai ter que vir pelo patriotismo – declarou.

Bolsonaro também aproveitou a conversa para criticar a imprensa que, segundo ele, faz ataques injustos e sem fundamento à sua administração e contra as pessoas que estão próximas a ele, como a divulgação de, segundo ele, notícias falsas.

– É uma imprensa canalha. Não vale nada. E o detalhe: Por que são bravos comigo? [Eram] Mais de 1 bilhão por ano que eles faturavam de propaganda oficial do governo previsto em orçamento, de dinheiro de estatais ou de bancos oficiais, e esse dinheiro não é [mais] pra gastar com essa imprensa, que é mestre em propagar fake news – destacou.

Ao ser perguntado sobre as investigações a respeito do atentado que sofreu em setembro de 2018, quando foi esfaqueado por Adélio Bispo, Bolsonaro disse ter fortes indícios de que o autor do crime não agiu sozinho e questionou o fato de boa parte do inquérito ter sido liderada pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.

– Os indícios são muito fortes de que ele [Adélio] agiu com mais gente. Ele foi apenas o instrumento pra praticar aquele ato criminoso. [Ele] não tinha dinheiro, não trabalhava, [era] ex-filiado ao PSOL. Alguém tentou deixar uma marca como se tivesse entrado na Câmara naquele dia; um interesse muito grande em me matar. Aquilo, sim, foi uma tentativa de assassinato – completou.

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