Bolsonaro diz que Edson Fachin se intitulou “ditador do Brasil”
Presidente disse que "o inimigo não é externo", mas está na "Praça dos 3 Poderes"
Thamirys Andrade - 11/07/2022 12h32 | atualizado em 11/07/2022 14h11
Em conversa com apoiadores nesta segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, “já se intitulou o ditador do Brasil” e não tem “compromisso com a democracia”. Na ocasião, ele apontava uma falta de espaço à participação das Forças Armadas na Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), do TSE.
– Ontem, Fachin falou que não tem mais conversa com as Forças Armadas. Eu acho que ele já se intitulou o ditador do Brasil. Estou achando há muito tempo. Quem age dessa maneira não tem qualquer compromisso com a democracia – declarou o chefe do Executivo.
Bolsonaro ainda disse que a “liberdade está sendo açoitada por quem deveria defender a Constituição” e declarou não haver “nenhum poder mais forte do que outro”.
– Determinei que Forças Armadas junto com o seu comando de defesa cibernética fizessem o trabalho que tinha que ser feito dentro do TSE. E nós fizemos e apresentamos sugestões. Agora, o TSE na pessoa do Fachin, era na pessoa do Barroso, não aceita que nosso pessoal técnico converse com o pessoal técnico deles – queixou-se.
O presidente também negou estar atacando o sistema eleitoral ou planejando um golpe, dizendo querer, contudo, “eleições limpas” e transparentes.
– Agora, é um momento difícil porque o inimigo não é externo, é dentro do Brasil, está aqui nessa região da Praça dos 3 Poderes – assinalou.
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