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Bolsonaro dispara: “Se quiser escolher ministro, se candidate”

Presidente teceu duras críticas contra "palpiteiros" que, segundo ele, estão também dentro do governo

Paulo Moura - 29/01/2021 09h00 | atualizado em 29/01/2021 09h15

Presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Isac Nóbrega

Em um recado duro dado pelo presidente Jair Bolsonaro ao vice Hamilton Mourão, o chefe do Executivo afirmou na quinta-feira (28) que cabe a ele escolher e demitir ministros. A fala do líder federal fez referência a declarações dadas por Mourão, na véspera, que sinalizavam a demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Ao chegar ao Palácio do Alvorada no final da tarde de quinta, o presidente foi questionado sobre as declarações de Mourão. Logo de início, Bolsonaro afirmou que não iria comentar o assunto, ironizando ao dizer que não sabia nada sobre trocas de ministros e que as perguntas deveriam ser destinadas a Mourão.

No entanto, após uma oração com os apoiadores, ele mudou de opinião. Primeiro, o presidente criticou a imprensa por “semear discórdia” ao noticiar possíveis mudanças de ministros e completou dizendo que a situação piora quando membros do governo também levantam essas possibilidades.

– Eu lamento que gente do próprio governo agora passe a dar palpites no tocante à troca de ministros. O governo vai indo bem, apesar dos problemas que nós temos, e estou falando da pandemia que realmente deu uma atrapalhada em quase tudo – declarou.

Bolsonaro criticou os “palpiteiros” sobre a formação dos ministérios, deixou claro que a escolha é de competência exclusiva dele e completou: “Se alguém quiser escolher ministro, se candidate em 2022”.

– O que nós menos precisamos é de palpiteiros no tocante à formação do meu ministério. Deixo bem claro que todos os 23 ministros sou eu que escolho e mais ninguém. Ponto final. Se alguém quiser escolher ministro, se candidate em 2022 e boa sorte em 23.

Em entrevista à rádio Bandeirantes, Mourão havia sido questionado sobre a situação do atual chanceler nesse contexto. O vice-presidente, então, sinalizou que haveria mudanças ministeriais após a eleição no Congresso, sendo que Ernesto poderia sair.

– Após essa questão das eleições dos novos presidentes das duas Casas do Congresso, poderá ocorrer uma reorganização do governo para que seja acomodada a nova composição política que emergir deste processo. Então, talvez, nisso aí, alguns ministros sejam trocados e, entre eles, o próprio do Ministério das Relações Exteriores – disse Mourão.

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