Henrique Gimenes - 08/10/2020 20h16 | atualizado em 08/10/2020 20h29

Durante sua tradicional live de quintas-feiras, o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre sua indicação para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e rebateu críticas feitas contra o desembargador Kassio Nunes, do Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TRF-1). Nesta quinta-feira (8), ele disse que vários nomes poderiam ter sido indicados, mas que por vezes seria difícil aprovar o nome no Senado.

Bolsonaro decidiu por Kassio Nunes para vaga na semana passada, o que gerou críticas de diversos setores da sociedade. Em sua transmissão ao vivo, o presidente disse que tinha uma lista com 10 nomes.

– Tínhamos aproximadamente 10 nomes que chegaram para mim indicados para o Supremo. Bons nomes, mas eu tenho que compor (…) E todo mundo tem o seu candidato dos sonhos, mas por vezes esse candidato vai ter dificuldade para aprovar. Vai ter um atrito aqui ou acolá. E quem bota dentro do Supremo não sou eu, é o Senado – ressaltou.

O presidente então lembrou que se o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, estivesse no governo, haveria pressão para que ele fosse indicado ao STF.

– Olha, se o [Sergio] Moro não tivesse tido problema conosco e pedido demissão, o pessoal estaria fazendo uma onda terrível: “Moro no Supremo ou não tem voto em 2022”. Não tem Moro no Supremo, então se não tiver voto em 22 é problema seu. Eu não sei se vou ser candidato. Se tiver bem, a chance de vir candidato à reeleição existe, mas se tiver mal, estou fora -apontou.

Ele também negou críticas de que Kassio Nunes seria de esquerda.

– Quem não o Kassio [Nunes]. “Ele é abortista”. Baseado no quê? Acha que eu ia botar um cara abortista lá? “Ele é de esquerda”. Bem, o ministro Tarcísio não deveria estar com a gente, já que trabalhou com a [ex-presidente] Dilma (…) Agora o Kassio, ele é petista porque foi escolhido numa lista tríplice? – questionou.

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