Bolsonaro defende decreto de posse de armas de fogo
Para o presidente, derrota no Congresso seria de todos os brasileiros
Henrique Gimenes - 13/06/2019 15h49 | atualizado em 13/06/2019 16h20

Nesta quinta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro comentou a análise pelo Senado do decreto que flexibilizou o porte de armas de fogo e defendeu o texto. Na quarta-feira (12), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) votou pela derrubada da proposta.
A primeira versão foi assinada no dia 7 de maio. O decreto flexibiliza o porte de armas de fogo para caçadores, atiradores esportivos, colecionadores, políticos, advogados, oficiais de Justiça, residentes em área rural e outros. Além disso, também altera regras para o transporte de armas e munição. Para o presidente, uma derrota no Senado não seria dele e sim do povo brasileiro.
– A derrota não é minha. Eu não acredito que o Parlamento vá derrotar o povo. Eles decidirem em 2005 pelo direito de comprar armas e munições (…) Apenas botamos limites ali, porque muita coisa está em aberto e a legislação nos dá esse direito, via decreto, de adequar a lei na sua plenitude. O que nós fizemos? Não tem nada de inconstitucional ali, é o nosso sentimento – apontou.
Após críticas, Bolsonaro decidiu editar um novo texto no dia 22 de maio. Entre as mudanças estava o veto ao porte de determinadas armas para o cidadão comum e novas regras para a prática de tiros por menores. O texto será apreciado no plenário do Senado no próxima terça-feira (18).
A declaração foi dada durante evento de lançamento de um programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para hospitais filantrópicos.