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Bolsonaro debocha de Doria: “Ta com medinho do vírus”

Presidente criticou também o fechamento do comércio por causa do isolamento

Gabriela Doria - 02/04/2020 18h25 | atualizado em 02/04/2020 18h43

Presidente Jair Bolsonaro alfinetou governadores que adotam isolamento Foto: PR/Carolina Antunes

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a minimizar a pandemia do novo coronavírus nesta quinta-feira (2), quando disse “desconhecer qualquer hospital que esteja lotado” e afirmou que as consequências econômicas das medidas de isolamento social tomadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não vão cair em seu colo.

– Eu desconheço qualquer hospital que esteja lotado. Desconheço. Muito pelo contrário. Tem um hospital no Rio de Janeiro, um tal de Gazolla [Hospital Municipal Ronaldo Gazolla], que se não me engano tem 200 leitos. Só tem 12 ocupados até agora – afirmou o presidente, na entrada do Palácio da Alvorada.

O presidente fez as declarações para um grupo de apoiadores que o esperava em frente à residência oficial.

Na conversa, novamente criticou governadores e disse que problemas ocasionados pela paralisação da economia em São Paulo, como queda na arrecadação estadual, não vão cair em seu colo.

– Tem uma ponte que foi destruída, que é a roda da economia, o desemprego proporcionado por alguns governadores. Deixar bem claro: alguns governadores. Porque daqui a pouco vai a imprensa falar que eu estou atacando governador. Em especial [o] de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Se eu não me engano, Rio Grande do Sul prorrogou [isolamento social] por mais 30 dias – queixou-se o presidente.

Bolsonaro também alfinetou os governadores que adotaram o isolamento social e o fechamento do comércio. O presidente afirmou que eles têm “medinho” do vírus.

– Eu fui em Ceilândia e Taguatinga no fim de semana passado e fui massacrado pela mídia. Duvido que um governador desses, Doria [João, de SP], Moisés [Carlos, de SC], vá no meio do povo. Vai nada. Tá com medinho de pegar vírus? – ironizou.

Sobre Doria, um dos seus principais antagonistas, Bolsonaro disse que o tucano “acabou com o comércio de São Paulo” e agora quer ajuda federal para resolver o problema da queda de arrecadação.

Ele argumentou que as ações tomadas por Doria, por serem excessivas, se converteram num “veneno”.

– Acabou ICMS, vai ter dificuldade para pagar a folha agora, com toda certeza, nos próximos um ou dois meses. E [Doria] quer agora vir pra cima de mim. Tem que se responsabilizar pelo que fez. Ele tem que ter uma fórmula agora de começar a desfazer o que ele fez de excesso há pouco tempo. Não vai cair no meu colo essa responsabilidade. Desde o começo, eu estou apanhando dele e mais alguns exatamente por falar isso – concluiu.

*Folhapress

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