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Bolsonaro critica Weber por suspender emendas de relator

"Argumentos de Rosa Weber não são justos", diz o presidente

Monique Mello - 08/11/2021 15h02 | atualizado em 08/11/2021 15h28

Presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Clauber Cleber Caetano

O presidente Jair Bolsonaro também reagiu à decisão da ministra do STF, Rosa Weber, de suspender o pagamento das emendas de relator do Orçamento de 2021. Nesta segunda-feira (8), O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) já manifestou sua crítica, dizendo que a “interferência” do STF no Congresso é “indevida”.

A crítica de Bolsonaro é similar à de Lira. O chefe do Executivo se queixou de que há uma excessiva interferência do Judiciário no Executivo e afirmou que Weber sempre toma decisões contrárias ao governo.

– É uma [decisão] atrás da outra. A mesma Rosa Weber. Decidi zerar o imposto de importação de armas. Ela achou injusto e vetou. Há um excesso de interferência do Judiciário no Executivo. Até quando quis indicar um alguém para diretoria-geral da PF houve interferência. O Supremo age demais nessas questões. A gente lamenta. Isso daí não é, no meu entender, o papel do Supremo. Os poderes têm que ser respeitados, mas as decisões de alguns atrapalham o andamento da nação. Quer ser presidente da República, se candidate – disse Bolsonaro.

Em sua decisão, a magistrada afirmou causar perplexidade que parcela significativa do Orçamento esteja sendo ofertada a grupo de parlamentares “mediante distribuição arbitrária entabulada entre coalizações políticas, para que tais congressistas utilizem recursos públicos conforme seus interesses pessoais”.

– Os argumentos usados pela relatora no Supremo não são justos. Dizer que nós estamos barganhando. Como é que eu posso barganhar se quem é o dono da caneta é o relator, é o parlamentar? E não é secreto, porque está em Diário Oficial da União – discordou Bolsonaro, que também negou que a PEC dos Precatórios constitua um “calote”.

– Passou no primeiro turno na Câmara. Acho que passa no segundo [turno], [mas] vamos ter problemas no Senado. Um Brasil que só no corrente ano projeta um excesso de arrecadação em R$ 300 bilhões não pode destinar mais R$ 30 [bilhões] para atender [a] esses mais necessitados? Falta coração – disparou.

Rosa Weber tomou a decisão em uma ação apresentada em junho pelo PSOL. Nas palavras da ministra, é necessária a suspensão porque se cria “um grupo privilegiado de parlamentares que poderá destinar volume maior de recursos a suas bases eleitorais”.

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